Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Fernandes, Dalila Pinto de Souza |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://locus.ufv.br//handle/123456789/28929
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Resumo: |
O envelhecimento acarreta modificações que podem interferir negativamente no estado nutricional, e esse tem relação com a modulação das doenças crônicas. A cronicidade dessas doenças aumenta o risco de incapacidade funcional, que por sua vez, está associada ao aumento da mortalidade em idosos. Objetivou-se neste estudo avaliar as inter-relações entre o estado nutricional, a incapacidade funcional e a mortalidade entre idosos de Viçosa (MG). Realizou-se um estudo prospectivo, com amostra aleatória simples de 796 idosos, não institucionalizados, de Viçosa (MG). Na linha de base (2009/2010), coletou-se os dados atráves de entrevistas domiciliares aplicando questionário semi-estruturado para obtenção de informações sociodemográficas, de saúde, hábitos de vida, consumo alimentar e estado nutricional. Para obtenção dos dados de óbitos ocorridos entre 2009 e 2018, consultou-se o banco de dados do Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM). Nos casos em que os idosos não foram registrados no SIM, realizou-se ligações telefônicas e visitas domiciliares aos familiares/responsáveis dos idosos falecidos para obtenção de informações do óbito. Foram realizadas análises descritivas dos dados, comparação entre grupos por meio dos testes t de Student, Mann-Whitney, Qui-quadrado de Pearson e de tendência linear. Foram utilizados modelos aditivos generalizados (GAM) para a identificação de pontos de corte do índice de massa corporal (IMC), perímetro da cintura (PC), perímetro da perna (PP) e relação cintura- estatura (RCE). Foi realizada análise de sobrevida a partir de curvas de sobrevida estimadas pelo método de Kaplan-Meier, para comparação das curvas, os testes Log-rank e Peto e modelos de regressão de Cox para avaliar a associação independente entre alterações nutricionais e mortalidade. Foi utilizada modelagem de equações estruturais para avaliar as inter-relações entre incapacidade funcional e estado nutricional na mortalidade. No período de acompanhamento (2009 a 2018) ocorreram 197 óbitos (24,7%). As principais causas de óbito foram as doenças do aparelho circulatório (31,2%). A probabilidade de sobreviver foi maior para idososcom valores aumentados de RCE. Os idosos com maior risco de morte, segundo os pontos de corte estimados a partir do GAM, foram aqueles com RCE < 0,52 e ≥ 0,63, com PC < 83 cm e ≥ 101 cm e com PP e IMC respectivamente, < 34,5 cm e < 24,5 Kg/m². Observou-se aumento de risco de morte nos idosos com elevada adisposidade, representada por PC elevado (HR: 2,03 IC95%: 1,20-3,41) e RCE elevada (HR: 1,51 IC95%: 1,01-2,26). Observou-se, ainda, maior risco de morte em idosos com baixo peso e baixa reserva muscular: IMC < 18,5 Kg/m² (HR: 2,57, IC95%: 1,23-5,35) e PP < 34,5 cm (HR: 1,72, IC95%: 1,27-2,33 e < 31 cm (HR: 2,11, IC95%: 1,44-3,10), respectivamente. Observou-se efeitos indiretos do IMC sobre a mortalidade mediados pela incapacidade funcional e número de doenças. Diante do exposto, atenção deve ser dada aos pontos de corte identificados para os indicadores antropométricos de baixo peso, baixa reserva muscular e adiposidade, de forma a se propor antecipadamente intervenções necessárias à promoção da saúde dos idosos. Além disso, a manutenção de um estado nutricional adequado é fundamental para prevenção da incapacidade funcional e, consequentemente, da mortalidade precoce. Palavras-chave: Idoso. Estado nutricional. Incapacidade funcional. Mortalidade. |