Relações solo-vegetação em áreas desenvolvidas sobre o Arenito Urucuia na APA do Rio Pandeiros

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Oliveira, Fábio Magalhães
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
BR
Fertilidade do solo e nutrição de plantas; Gênese, Morfologia e Classificação, Mineralogia, Química,
Mestrado em Solos e Nutrição de Plantas
UFV
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://locus.ufv.br/handle/123456789/5533
Resumo: A Área de Proteção Ambiental Estadual - APAE do Rio Pandeiros , abrange uma área de 393.060 ha, e localiza-se no Norte de Minas Gerais. A mesma possui como representativo compartimento a unidade geomorfológica Planalto do São Francisco , dominada geologicamente pelas rochas da Formação Urucuia, das quais se destacam os arenitos quartzosos cimentados com material silicoso. A partir das rochas dessa unidade, se desenvolveram os solos das classes Neossolo Quartzarênico (RQ) e Latossolo Vermelho-Amarelo (LVA), que se encontram associados à cobertura vegetal do tipo Cerrado. O objetivo desse estudo é avaliar os atributos edáficos determinantes para o estabelecimento e desenvolvimento de diferentes formas de vegetação de cerrado identificadas nesse compartimento. Foi realizado um transecto na área de estudo, onde foram selecionados cinco ambientes ou locais de coleta, em função do tipo fitofisionomico observado, os quais foram identificados como Ambiente A (Cerrado s.s. ralo, associado a RQ), Ambiente B (Cerrado s.s. denso, associado a RQ), Ambiente C (Cerrado s.s. típico, associado a RQ), Ambiente D (Cerrado s.s. típico, associado a LVA) e Ambiente E (Cerrado s.s. típico, associado a RL). Em cada ambiente foram realizados os estudos fitossociológicos, e abertas três mini-trincheiras com profundidade de 40 cm cada uma, onde foram coletadas amostras de solo deformadas nas profundidades de 0 a 20 cm e 20 a 40 cm, para análises química e física, e indeformadas na profundidade de 0 a 20 cm, para determinação da densidade do solo e curva característica de água. Foram obtidas ainda amostras da serapilheira presente em cada ambiente. As análises químicas de rotina foram efetuadas em laboratório, além de extrações sucessivas de P utilizando Mehlich-1, e a determinação do P total. Foram feitas ainda análise textural e fracionamento dos grãos de areia, bem como a determinação do equivalente de umidade em amostras de solo deformadas com capeamento e sem capeamento com partículas de natureza coloidal. A microscopia eletrônica de vvarredura (MEV) foi realizada para analisar a morfologia da superfície dos grãos de areia e revelou a presença de depressões preenchidas com partículas de dimensões menores. Os resultados permitiram constatar que os ambientes estudados possuem caráter oligotrófico. As diversas formas de cerrado se desenvolvem sobre solos de textura arenosa e de baixa fertilidade natural. Foi possível concluir que, nos ambientes onde a textura é predominantemente arenosa, a estrutura e o desenvolvimento da vegetação está associado a presença da camada de serapilheira, provavelmente relacionada com a ciclagem de nutrientes. Porém naqueles ambientes onde o solo possui textura mais argilosa, o porte da vegetação está mais relacionado com as propriedades químicas e físico-hídricas.