Abr’olhos! Uma análise histórica do Parque Nacional Marinho dos Abrolhos com as comunidades pesqueiras de Caravelas, BA

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Barros, Janaína Gonçalves Rios
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/10053
Resumo: A implementação no Brasil de Unidades de Conservação (UC), a partir dos anos de 1930, foi motivada, como se sabe, pela necessidade de preservação da natureza. Entretanto, a criação e manutenção dessas áreas protegidas, por vezes, deflagram conflitos que envolvem as comunidades tradicionais do seu entorno no que toca as restrições no usufruto de seus recursos naturais. A disputa de interesses e os impasses nas questões fundiárias relevam assim as fragilidades nas relações da gestão de conservação com as populações locais. Diante desta questão, este trabalho teve por objetivo compreender os desafios gerados com as restrições impostas a partir da criação da UC integral na região dos Abrolhos por meio da identificação e análise dos conflitos que circundam o Parque Nacional Marinho dos Abrolhos, criado em 1982, e as comunidades pesqueiras de Caravelas, no Extremo Sul da Bahia. Ao longo da pesquisa foi possível observar, através de entrevistas e análises de documentos variados como jornais e leis, que os dilemas surgidos desde a inauguração do Parque Nacional Marinho de Abrolhos foram e são impulsionados, fundamentalmente, por interesses de ordem econômica ao envolver grandes empreendimentos na região, como a extração de petróleo e gás, a carcinicultura e a utilização da barcaça para escoar madeira de celulose pelo oceano. Com efeito, apesar dos pescadores reconhecerem a importância do Parque para a biodiversidade da região, eles não identificam benefícios para a economia local, o que acarreta em uma das razoes dadas para a existência da pesca ilegal e da clara percepção sobre fragilidade dos projetos de educação ambiental implementados na região.