Transferências familiares: um estudo de caso sobre famílias carentes em Bambuí-MG

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Encarnação, Vinícius da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
BR
Economia familiar; Estudo da família; Teoria econômica e Educação do consumidor
Mestrado em Economia Doméstica
UFV
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://locus.ufv.br/handle/123456789/3339
Resumo: Esta pesquisa teve por objetivos identificar e analisar as transferências de recursos entre membros de famílias carentes residentes no Município de Bambuí, MG. A teoria das trocas sociais, em relação às transferências de recursos entre membros familiares, foi utilizada como base teórica. Metodologicamente, foram realizadas entrevistas fundamentadas em um roteiro semiestruturado aplicado a uma amostra de 60 famílias. Os dados foram analisados de forma descritiva, utilizando-se o programa Statistical Package for Social Sciences SPSS, versão for Windows 17. O perfil socioeconômico dos chefes dessas famílias mostrou-se baixo em relação a renda, escolaridade e ocupação, o que caracterizava a amostra. Encontrou-se um número expressivo de unidades chefiadas por mulheres e aposentados. As famílias recebiam mais ajudas do que as ofereciam. O motivo que levava às transferências se relacionava com benevolência, e o que levava a receber ajuda se relacionava com a necessidade da própria família. As famílias eram mais receptoras do que doadoras de ajuda, o que pode ser explicado pelos seus status socioeconômicos. A ajuda dada era percebida como benevolência, enquanto a recebida era devida à necessidade, seja em termos financeiros, de cuidados e outros. Assim, por necessitar de ajuda havia a necessidade de também ajudar, o que caracterizava a reciprocidade. Dar ajuda embutia um sentimento de poder ser cuidado na velhice ou em períodos de doença, não se caracterizando, portanto, como recompensa imediata. Dessa forma, a família ainda representa a principal fonte de suporte informal decisivo na sobrevivência de parcela significativa da população.