Pedogênese de espodossolos em áreas de restinga na região dos Lençóis Maranhenses

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Silva, Alex Lalas Silva da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Solos e Nutrição de Plantas
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://locus.ufv.br//handle/123456789/30990
https://doi.org/10.47328/ufvbbt.2022.785
Resumo: Embora não tenham sido mencionados nos levantamentos de solos da região costeira arenosa do Estado do Maranhão, os Espodossolos ocorrem em proporção considerável na área coberta por restinga e campos higrófilos, no domínio geomorfológico dos Lençóis Maranhenses. Partindo desta constatação, a presente pesquisa teve por objetivo: 1) caracterizar química, física e mineralogicamente Espodossolos não hidromórficos sob cobertura de mata de restinga (P2, P3 e P4, P5 e P6), e hidromórficos, sob campo higrófilo (Pl e P7); 2) entender os processos envolvidos na gênese destes solos; 3) identificar, através de Lumimescência Opticamente Estimulada — LOE a idade dos sedimentos que compõem os horizontes B espódicos; 4) determinar as concentrações dos Elementos Terras Raras: Lantânio (La), Cério (Ce), Praseodímio (Pr), Neodimio (Nd), Samário (Sm), Európio (Eu), Gadolínio (Gd), Térbio (Tb), Disprósio (Dy), Hólmio (Ho), Erbio (Er), Túlio (Tm), Lutécio (Lu) e Itérbio (Yb). De maneira geral, constatou-se expressiva diferença entre as características morfológicas, químicas e físicas entre os solos estudados, com destaque para: 1) horizontes espódicos encontrados entre 32 e 171 cm, com cores e organizações diferentes nos perfis; 2) distrofia dos solos; 3) solos de textura arenosa, reflexo da contribuição sedimentar eólica, com maior proporção de areia fina do que grossa; 4) maiores teores de Al em relação ao Fe, pelos extratores oxalato ácido de amônio, ditionito-citrato-bicarbonato de sódio e pirofosfato de sódio; 5) baixos teores de fósforo remanescente nos horizontes espódicos, com correlação negativa e significativa com os teores de Al, indicando a provável contribuição de formas amorfas deste elemento na adsorção de fósforo; 6) mineralogia da fração argila, dominada por caulinita e calcita, esta última, herdada da deposição de bioclastos junto dos sedimentos marinhos; 7) Idade dos sedimentos variando de 2.600 a 22.200 mil anos para os horizontes B espódicos selecionados dos solos P1, P2, P3, P4e P5. No P6, foram coletados quatro horizontes B espódicos em barranco exposto às margens do rio Piriá, entre 3 e 8 m de profundidade, com idades respectivas de cima para baixo: 15.200, 17.600, 50.800 e 57.600 anos, indicando descontinuidade de deposição ao longo do tempo, o que indica que este solo é poligenético; 8) Foram baixos os teores dos elementos Terras Raras nos horizontes selecionados dos solos estudados. Palavras-chave: Horizonte espódico. Podzolização. Datação por LOE. Elementos Terras Raras.