Caracterização anatômica, química e físico-mecânica da madeira de paricá (Schizolobium amazonicum) para produção de energia e polpa celulósica
Ano de defesa: | 2010 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
BR Manejo Florestal; Meio Ambiente e Conservação da Natureza; Silvicultura; Tecnologia e Utilização de Doutorado em Ciência Florestal UFV |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://locus.ufv.br/handle/123456789/541 |
Resumo: | O objetivo desse trabalho foi avaliar a influência da idade e da posição no tronco (radial e longitudinal) nas propriedades anatômicas, químicas, físicas e mecânicas na madeira de Schizolobium amazonicum (paricá) e na produção de polpa neutral sulphite semichemical pulping (NSSC) em comparação com a madeira de Eucalyptus grandis. A madeira de paricá foi proveniente de plantios comerciais localizados na região de Dom Eliseu, Estado do Pará, Brasil. Utilizaram-se quatro árvores para cada idade. Retirou-se um disco da seção transversal da base de cada tora para a análise anatômica e química e a partir da prancha diametral retiraram-se as amostras para determinação das propriedades físico-mecânicas. A polpação foi efetuada em diferentes cargas de sulfito (Na2SO3) e diferentes tempos de cozimento. O branqueamento realizou-se na seqüência QPFAS. A variação radial no comprimento das fibras foi mais acentuada do que aqueles encontrados no sentido longitudinal e em função da idade. Os valores médios do comprimento das fibras, largura, diâmetro e espessura da parede foram, respectivamente, 1,07 mm, 33,26, 24,56 e 3,85 μm. A largura do lume foi superior aos valores normalmente encontrados para a madeira do gênero Eucalyptus. Observou-se pouca consistência do efeito da idade na composição química da madeira. Quando comprados com a madeira de eucalipto, o teor de lignina Klason foi alto, porém o teor de lignina solúvel foi baixo (média de 1,90%), a relação S/G e o teor de ácidos urônicos foram baixos (1,07 e 1,0%, respectivamente). O teor de extrativos foi baixo em relação a outras essências nativas, porém dentro da faixa encontrada para a madeira de eucalipto. O teor de carbono foi em média igual a 45% para todas as idades. A madeira de paricá continha elevado teor de umidade depois de colhida. A densidade foi baixa, com tendência de aumento com a idade. A média de densidade para a madeira de 5 anos foi igual a 262 kg/m3 e de 11 anos igual a 303 kg/m3. O fator anisotrópico médio foi 1,95, considerado normal e a contração volumétrica média foi de 9,32%, ambos inferiores ao encontrado para a madeira de eucalipto. Os valores das propriedades mecânicas são considerados baixos (fato esperado devido a sua baixa densidade) em todas as idades, com tendência de aumento com a idade, exceto para a idade de 9 anos. Esse decréscimo na idade de 9 anos também foi observado nos valores de densidade e em alguns parâmetros anatômicos e pode ser explicado em função do plantio ser efetuado com sementes, com ausência de controle dessa variável. As polpas de paricá apresentaram rendimento e alvura inferiores aos das polpas de eucalipto e maior consumo de energia durante do refino dos cavacos. Na condição de 16% de sulfito e 150 min de tempo de cozimento, os rendimentos e as alvuras para a madeira de paricá e eucalipto foram, respectivamente, 75 e 77% e em torno de 70 e 80% ISSO. As resistências dos papéis da madeira de paricá foram ligeiramente inferiores às resistências dos papeis de polpas de eucalipto. |