Madeira laminada colada de Schizolobium amazonicum Herb. (Paricá):  combinação adesivo/tratamento preservante

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Cavalheiro, Raquel Schmitt
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/18/18158/tde-07102014-143850/
Resumo: A confecção e as características mecânicas e morfológicas de peças de madeira laminada colada (MLC) preparadas a partir de lamelas de Schizolobium amazonicum Herb, Paricá, coladas com três adesivos, Cascophen, Melamina e Pubond, após serem submetidas a dois tipos de tratamento químico preservante, arsanato de cobre cromatado (CCA) e borato de cobre cromatado (CCB) foram avaliadas. Após seleção visual das lamelas e seleção, foram determinados os módulos de elasticidade das mesmas visando a preparação de vigas com a distribuição mais uniforme possível deste parâmetro. A densidade aparente média da madeira de paricá determinada segundo a Norma NBR 7190:1997,usando todas as lamelas, após serem submetidas à seleção pela classificação visual foi igual a 370 kg/m3. As lamelas foram então coladas, prensadas e submetidas aos tratamentos CCA e CCB. A partir dessas peças foram cortados corpos de prova para ensaios de flexão estática, cisalhamento, delaminação e fluência, conforme a norma CSA 0112.9:2004. Os valores do módulo de elasticidade demonstraram que, vigas produzidas com Melamina, há aumento nos valores de MOE para as amostras tratadas por CCA (7656 ± 477 MPa) e CCB (8152 ± 570 MPa) em relação à amostra sem tratamento (7171 ± 519 MPa). No caso do CCA, esse aumento é menos significativo. No caso das amostras coladas com Cascophen praticamente não houve diferença estatística entre os módulos para as peças sem tratamento (9150 ± 672 MPa) e aquelas tratadas com CCA (8764 ± 908 MPa) e CCB (9822 ± 791 MPa), sendo a variação numérica maior no segundo tratamento. A mesma observação vale para as amostras coladas com Purbond sem tratamento (8119 ± 725 MPa), quando comparadas com aquelas tratadas com CCA (8154 ± 951 MPa) e com CCB (8331 ± 863 MPa). Nos ensaios de cisalhamento observou-se elevada incidência de eventos de compressão o que sugere que alta porosidade da madeira, tenha provocado a compressão do corpo de prova, em detrimento da ruptura do corpo de prova. Observou-se que a Melamina e o Purbond apresentaram a maior frequência de ruptura tipo 100% na madeira, sugerindo que esses apresentaram maior adesividade, não havendo diferença significativa entre os corpos de prova secos e saturados. Em relação à força de ruptura, notou-se, que os adesivos apresentam melhor desempenho quando secos (quando se apresentaram na ordem Melamina (3,7 ± 0,9 MPa), Purbond (3,5 ± 0,96 MPa) e Cascophen (3,4 ± 0,8 MPa).) Nenhum corpo de prova apresentou delaminação, todos permaneceram colados e praticamente intactos, o que sugere que os adesevos e os tratamentos químicos utilizados são adequados à preparação de MLC à partir de lamelas de Paricá. Os ensaios de fluência que a estabilização nos deslocamentos ocorreu em torno de 90 h, para os dois corpos de prova. Observou-se uma diminuição nos valores das linhas laterais e centrais, após ensaiadas, em relação aos valores antes do ensaio, o que pode estar relacionado com a porosidade e densidade da madeira, que permitiu a compressão irreversível do corpo de prova, sugerindo que as características da madeira são mais marcantes que o efeito do adesivo.