Fitorremediação do sulfentrazone em Argissolo Vermelho-Amarelo e sua sorção e dessorção em diferentes tipos de solos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Madalão, João Carlos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/6602
Resumo: Objetivou-se nesta pesquisa avaliar a remediação do sulfentrazone em um Argissolo Vermelho-Amarelo e sua sorção e dessorção em diferentes tipos de solo. Para os estudos da remediação, inicialmente foi avaliada a biomassa e a atividade microbiana do solo em amostras coletadas em área tratada ou não com o sulfentrazone e cultivada ou não com Canavalia ensiformis. Essas amostras foram coletadas aos 15 e 70 dias após o plantio da espécie remediadora. Numa segunda etapa, em campo, foi avaliada a eficiência de C. ensiformis em remediar o solo contaminado com o sulfentrazone; para isso, foi utilizado o sorgo forrageiro (Sorghum bicolor) como bioindicador. Neste experimento, os tratamentos foram arranjados em esquema fatorial 2 x 3 - solo tratado ou não com o sulfentrazone associado a três manejos de C. ensiformis. Os manejos consistiram na ausência de cultivo, cultivo e incorporação ao solo de C. ensiformis por ocasião de seu florescimento e cultivo, com retirada da parte área das plantas dessa espécie das parcelas experimentais após a roçada. Após esse processo, foi cultivado o sorgo, e aos 20, 40 e 60 dias após o plantio foi avaliada a altura das plantas. Aos 120 dias após o plantio, foram determinados o número de plantas, a matéria seca e a produtividade do sorgo. Os estudos de sorção e dessorção do sulfentrazone foram realizados utilizando cromatografia líquida de alta eficiência em amostras de cinco solos (Neossolo Regolítico, Argissolo Vermelho, Cambissolo Húmico e os Latossolos Vermelho-Amarelo Húmico e Latossolo Vermelho-Amarelo, em dois valores de pH). Observaram-se oscilações nos valores da evolução de CO2 e do carbono da biomassa microbiana em amostras de solo coletadas nos diferentes tratamentos. O quociente metabólico (qCO2) foi menor nos tratamentos com aplicação do sulfentrazone e com o cultivo da planta remediadora. O cultivo de C. ensiformis nas áreas tratadas com o sulfentrazone proporcionou produção de matéria seca, número de plantas, produtividade e altura de plantas de sorgo equivalentes aos do cultivo em área não contaminada pelo herbicida. A retirada ou não dos restos culturais da planta remediadora não alterou a produtividade do sorgo. A sorção do sulfentrazone foi superior em solos com maiores teores de matéria orgânica e argila, e a sua dessorção foi baixa em todos os solos. Dos solos avaliados, o Cambissolo foi o que apresentou o menor índice de desorção e o menor índice de histerese. Concluiu-se que C. ensiformis pode ser utilizada como espécie remediadora do sulfentrazone e que este herbicida apresenta baixa capacidade de sorção e dessorção nos solos avaliados.