Estudos de algumas populações brasileiras de Lutzomyia (Nyssomyia) whitmani s.l. (Diptera: Psychodidae: Phlebotominae), importante transmissor de agentes da leishmaniose tegumentar americana
Ano de defesa: | 2005 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
BR Ciência entomológica; Tecnologia entomológica Mestrado em Entomologia UFV |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://locus.ufv.br/handle/123456789/3974 |
Resumo: | Lutzomyia (Nyssomyia) whitmani s.l. (Antunes & Coutinho, 1939) possui uma ampla distribuição no território brasileiro, sendo registrada em todas as regiões geográficas e, no Continente Americano, a espécie foi assinalada na Guiana Francesa, no Paraguai, no Peru e na Argentina. No Brasil está incriminada como vetora de Leishmania (Viannia) braziliensis e Leishmania (Viannia) shawi. Considerando a vasta distribuição geográfica, aspectos diferenciados da biologia e, a possível veiculação de duas leishmânias dermotrópicas, o objetivo do trabalho foi ampliar os conhecimentos sobre Lutzomyia (N.) whitmani s.l., importante transmissor de Leishmaniose Tegumentar Americana (LTA) no Brasil, determinando a distribuição espacial deste flebotomíneo associada aos circuitos epidemiológicos de LTA, bem como avaliar a competência vetorial, a variabilidade e o grau de estruturação genética de algumas populações brasileiras. Foram elaborados dois mapas temáticos que, por sobreposição, permitiram visualizar o registro de L. (N.) whitmani s.l em municípios associados aos circuitos epidemiológicos da LTA e aos diferentes tipos de vegetação. L. (N.) whitmani s.l foi registrada em 720 municípios brasileiros, de vinte e seis unidades federadas, não tendo registro, apenas, em Santa Catarina, habitando diferentes tipos de vegetação e associados a variados climas. A discussão sobre L. (N.) whitmani s.l. representar um complexo de espécies está baseada em aspectos da sua biologia e da competência vetorial, que revelam sua capacidade em transmitir duas leishmânias distintas e ter hábitos diferenciados com a ocupação de diferentes ecótopos. Através da análise de isoenzimas, foi sugerido que as populações de L. (N.) whitmani s.l. das áreas estudadas (Paragominas, Santarém, Londrina e Ilhéus) representariam uma única espécie, com grandes chances de sofrer subdivisões em decorrência da evolução. Observou-se que a população do Município de Paragominas se destacou das demais por apresentar uma maior diferenciação genética, o que contribuiu para a formação de um ramo isolado na análise de agrupamentos. Numa visão epidemiológica macro-territorial, independente de estar transmitindo Leishmania (Viannia) braziliensis ou Leishmania (Viannia) shawi, sugere-se L. (N.) whitmani s.l. como o mais importante transmissor da Leishmnaiose Tegumentar Americana no Brasil. |