Resumo: |
Lutzomyia (Nyssomyia) whitmani é incriminado como vetor de Leishmaniose Tegumentar Americana (LTA), associada à transmissão de duas leishmânias dermotrópicas: Leishmania (Viannia) braziliensis e Leishmania (Viannia) shawi. No entanto, além da competência comprovada para transmitir dois parasitos, diferenças no comportamento entre populações geograficamente distintas têm sugerido que esta não seria uma única espécie e sim um complexo de espécies crípticas. A segura identificação destas populações é de fundamental importância para os estudos eco-epidemiológicos da LTA, possibilitando o entendimento dos ciclos de transmissão, uma vez que esta espécie ocorre na grande maioria dos estados brasileiros. No presente estudo foi avaliada a variabilidade genética de populações L. (N.) whitmani procedentes de Buriticupu (MA), área de transmissão de Le. (V.) shawi e Le. (V.) braziliensis, de Paragominas (PA), de transmissão de Le. (V.) shawi, e de Ilhéus (BA), localidade tipo, e de Meruoca (CE), áreas de transmissão de Le. (V.) braziliensis. A partir das análises por RAPD-PCR e sequenciamento do gene do Citocromo b foi possível observar três agrupamentos, onde os espécimes de Buriticupu e Paragominas compõem o mesmo grupo, os de Ilhéus formaram um segundo grupo e os de Meruoca o terceiro. As análises mostram um alto grau de diferenciação e sugerem que os três agrupamentos possam representar diferentes espécies crípticas do “complexo” whitmani. |
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