Impactos ecofisiológicos e metabólicos da alteração nos níveis de giberelina em tomate
Ano de defesa: | 2013 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
BR Controle da maturação e senescência em órgãos perecíveis; Fisiologia molecular de plantas superiores Mestrado em Fisiologia Vegetal UFV |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://locus.ufv.br/handle/123456789/4347 |
Resumo: | O presente trabalho foi conduzido com intuito de analisar os impactos causados pela variação endógena e/ou artificial (aplicação de GAs e paclobutrazol-PBZ) dos níveis de giberelinas sobre a fisiologia, metabolismo e anatomia de plantas de tomate (Solanum lycopersicum L.). Para tal, diferentes experimentos foram realizados utilizando-se plantas tipo selvagem (WT) e mutantes na biossíntese de giberelinas (gib3: moderadamente deficiente, gib2: medianamente deficiente e gib1: extremamente deficiente). No primeiro experimento foram utilizadas plantas WT e os mutantes gib3, gib2 e gib1 avaliando-se os efeitos da redução endógena dos níveis de GAs. Os resultados mostraram que a redução dos níveis de GAs afetou negativamente o crescimento dessas plantas e que este menor crescimento não estaria associado a menores taxas fotossintéticas. A elevada fotossíntese (A N ) nos mutantes apresentou-se associada com uma maior densidade e abertura estomática, assim como maiores condutâncias estomática (g s ) e mesofílica (g m ). Um desbalanço entre o metabolismo do carbono e crescimento parece ocorrer plantas com redução na concentração de GAs, visto que reduções nos teores da maioria dos metabólitos ocorreram concomitantemente com elevada A N . Ademais, maior A N foi acompanhada de uma elevada taxa respiratória e incrementos na concentração de proteínas, sugerindo um desvio de energia em forma de ATPs para outras rotas, já que uma maior produção de energia não se traduziu em acúmulo de biomassa. No segundo experimento foram utilizadas plantas WT e gib3, genótipo mais semelhante ao WT no primeiro experimento, submetidas à variações artificiais no conteúdo de GAs mediante a aplicação de GAs e/ou PBZ. Os resultados obtidos permitiram a identificação de mudanças metabólicas e fisiológicas associadas tanto à variação endógena de GAs, assim como as ocasionadas pela variação artificial de GAs. Para ambos os genótipos, o crescimento foi bastante reduzido em presença de PBZ e apresentou incrementos quando da aplicação de GAs. Menores taxas de crescimento foram acompanhadas de maiores respiração no escuro (R d ) e A N , a última influenciada por maiores densidade e abertura estomática, espessura foliar, assim como g s e absortância. A maioria dos metabólitos foi positivamente correlacionada com o conteúdo de GAs. Pouca ou nenhuma variação em parâmetros da fluorescência da clorofila a e sistema antioxidativo indicam ausência de estresses aparentes. Consideradas em conjunto, as informações obtidas com o presente estudo oferecem uma melhor compreensão dos mecanismos fisiológicos, moleculares e metabólicos associados à deficiência de GAs em plantas; contudo, estudos metabólicos e moleculares mais detalhados ainda serão necessários para uma melhor compreensão dos efeitos da redução dos níveis de GAs sobre o metabolismo dessas plantas. |