Modelos de previsão de enchentes em tempo real para o município de Nova Era MG
Ano de defesa: | 2006 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
BR Construções rurais e ambiência; Energia na agricultura; Mecanização agrícola; Processamento de produ Mestrado em Engenharia Agrícola UFV |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://locus.ufv.br/handle/123456789/3607 |
Resumo: | A bacia do rio Doce é frequentemente atingida por inundações, causando prejuízos econômicos, perdas humanas e materiais. Em decorrência desta problemática, a CPRM (Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais) de Belo Horizonte criou, em 1997, o Sistema de Alerta Contra Enchentes da Bacia do Rio Doce, no intuito de minimizar os impactos oriundos das inundações. Entre as cidades beneficiadas pelo sistema encontra-se Nova Era, em que a atual metodologia de previsão de vazões não possui antecedência satisfatória para minimizar os impactos das enchentes. Neste contexto, o objetivo do presente trabalho foi aumentar a antecedência na previsão de vazões, para a cidade de Nova Era. Assim, foram construídos dois modelos hidrológicos no sistema IPHS1: o primeiro baseado apenas na transformação chuva-vazão, utilizandose o modelo IPH II; e o segundo, com a bacia discretizada em três sub-bacias, utilizou-se, além do modelo de transformação chuva-vazão IPH II, o modelo hidráulico Muskingum-Cunge para a propagação das ondas de cheias no canal. No primeiro modelo foram utilizadas, como dados de entrada, as séries de cinco estações pluviográficas e uma estação fluviográfica da qual foram selecionados dois eventos de cheia para a calibração, enquanto no segundo modelo, além dos dados de entrada do primeiro modelo, foram ainda utilizadas, mais duas estações fluviográficas para a calibração do modelo hidráulico. Para considerar a variabilidade espacial da precipitação, em ambos modelos, utilizou-se a metodologia dos polígonos de Thiessen, enquanto as características físicas da bacia foram extraídas do MDE (modelo digital de elevação), obtido no web site do United States Geological Survey (USGS), e por imagens da bacia obtidas pelo satélite Landsat 5. Ambos os modelos foram calibrados por meio de tentativa e erro. Após essa calibração, os resultados foram analisados, estatisticamente, por meio do coeficiente de eficiência (CE), erro padrão (EP) e erro absoluto médio relativo (EAMR), sendo esses comparados com aqueles obtidos por meio da atual metodologia do sistema de alerta. A antecedência dos modelos para a previsão de vazões foi determinada, a partir da simulação progressiva da precipitação. Os resultados das simulações dos eventos, com ambos os modelos, foram similares aos da atual metodologia do sistema de alerta, com desempenho um pouco melhor do segundo modelo. Contudo, a antecedência na previsão de enchentes dos dois modelos foi superior a 10 horas, mais do que três vezes a da atual metodologia do sistema (três horas). Assim, os resultados demonstraram que ambos os modelos construídos têm potencial para aumentar o tempo de antecedência em relação ao da metodologia atual do sistema de alerta no município de Nova Era. |