Efeito da temperatura ambiente sobre o desempenho de suínos em crescimento

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2004
Autor(a) principal: Manno, Maria Cristina
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/11264
Resumo: Foram realizados dois experimentos utilizando 72 machos castrados, em fase inicial e em crescimento, para avaliar o efeito da temperatura ambiente sobre o desempenho, composição de carcaça e parâmetros fisiológicos. Em ambos os experimentos, os animais foram distribuídos em delineamento experimental inteiramente ao acaso, com três tratamentos, seis repetições e dois animais por unidade experimental. Os tratamentos foram assim constituídos: 1 – animais submetidos ao estresse por calor (35oC – fase inicial; 32oC – fase de crescimento); 2 – animais em conforto térmico (22oC), alimentados à vontade; e 3 – animais em conforto térmico (22oC), com alimentação pareada ao dos animais do tratamento 1. No primeiro experimento foram utilizados 36 animais com peso médio inicial de 15 kg, que permaneceram em experimento por 23 dias. Foram observadas redução no consumo de ração, no ganho de peso, no rendimento de carcaça e piora na conversão alimentar, bem como queda nas deposições diárias de proteína e gordura em animais submetidos aos tratamentos vii1 e 3, comparados àqueles do tratamento 2. Os tratamentos não infuenciaram os pesos relativos dos órgãos avaliados, com exceção do peso relativo dos rins e do estômago, que foram menores nos animais do tratamento 1 em relação aos do tratamento 2. Os parâmetros fisiológicos (temperatura retal, temperaturas de superfície de pele e freqüência respiratória) foram influenciados negativamente pela estresse térmico. No segundo experimento foram utilizados 36 animais com peso médio inicial de 30 kg, que permaneceram em experimento por 35 dias. Houve efeito da temperatura ambiente sobre o consumo de ração que reduziu, porém com melhora na conversão alimentar e na eficiência de utilização de lisina para ganho dos animais em relação aos demais tratamentos. A deposição de gordura foi menor para os tratamentos 1 e 3 em relação ao tratamento 2, porém apenas os animais em conforto térmico com alimentação pareada apresentaram queda na deposição de proteína. Os animais em estresse por calor apresentaram menores pesos de jejum e de carcaça que os animais em conforto térmico com alimentação à vontade, porém maiores que aqueles com alimentação pareada. O rendimento de carcaça não foi influenciado pelos tratamentos, bem como os pesos relativos dos órgãos avaliados, com exceção do estômago, que se apresentou menor no tratamento 3. As temperaturas de superfície e freqüência respiratória foram influenciadas negativamente pela alta temperatura (tratamento 1). A temperatura retal não foi influenciada pelos tratamentos. Concluiu-se que na fase inicial a temperatura ambiente, por meio da redução do consumo de ração, influenciou negativamente o ganho de peso, a conversão alimentar, bem como a deposição de proteína, além de aumentar a frequência respiratória e a temperatura retal dos animais. Na fase de crescimento a alta temperatura influenciou negativamente o desempenho dos suínos, mantendo a deposição de proteína na carcaça, e esse efeito não foi limitado à redução do consumo de ração.