A virginiamicina como estimulante do crescimento de suínos em recria

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1991
Autor(a) principal: Gomes, Jacinta Diva Ferrugem
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11139/tde-20191218-105334/
Resumo: O propósito deste estudo foi o de determinar o nível dietético mais adequado do antibiótico virginiamicina como estimulante do crescimento de suínos em recria. Setenta leitões, com peso médio inicial 10.38 kg, foram utilizados em um experimento em blocos casualizados, com 6 repetições/tratamento para testar níveis de 0, 25, 50, 75 e 100 ppm do antibiótico na ração. Cada unidade experimental foi representada por uma baia com 2 ou 3 animais. A ração basal foi constituída de milho, farelo de soja, açúcar e suplementos minerais e vitamínicos. A alimentação (rações experimentais e água) foi oferecida à vontade aos animais, durante os 28 dias de experimentação. As pesagens individuais dos animais e a coleta de dados de consumo de ração/parcela foram semanais. A virginiamicina proporcionou tendências a uma resposta quadrática (P < 0,20) do ganho diário de peso (GDP; 0,469, 0,496, 0,523, 0,616 e 0,608 kg) e também quadrática (P < 0,10) do consumo diário de ração (CDR; 0,90, 0,97, 0,98, 0,94 e 0,94 kg). A conversão alimentar, por sua vez, foi linearmente (P < 0,01) melhorada pelo antibiótico (CA; 1,92, 1,96, 1,88, 1,83 e 1,86). Tais respostas puderam ser descritas, respectivamente, palas equações GDP = 0,4676520 + 0,0015645x -0,0000116x2, R2 = 0,96; CDR = 0,904048 + 0,002676x -0,00025x2, R2 = 0,77 e CA = 1,93933 – 0,00104x, R2 = 0,59. No referente aos parâmetros sanguíneos e plasmáticos, o hematócrito (Ht; 31,5, 32,8, 32,3, 32,3 e 30,4%), a hemoglobina (Hb; 9,92, 10,38, 10,17, 10,10 e 9,60 g/dl), a albumina (Alb; 2,82, 2,92, 3,00, 2,83 e 2,90 g/dl), a uréia (Ur; 23,5, 22,8, 23,7, 22,7 e 24,7 mg/dl) e os triglicerídeos (Tri; 50,3, 53,3, 40,7, 48,8 e 44,5 mg/dl) não foram influenciados (P > 0,05) pelos níveis de virginiamicina na ração. Por outro lado, este antibiótico determinou respostas quadráticas (P < 0,03) do conteúdo plasmático de globulina (Glo; 2,92, 2,80, 2,62, 2,95 e 3.08 g/dl) e da relação albumina/globulina (Alb/Glo; 0,99, 1,07, 1,17, 0,97 e 0,96), além de uma tendência a uma resposta quadrática (P < 0,09) do nível de proteína total (Pt; 5,57, 5,72, 5,62, 5,78 e 5,98 g/dl). Estas respostas puderam ser descritas, respecti vamente, pelas equações Glo = 2,9219050 – 0,0096857x + 0,0001162x2, R2 = 0,79; Alb/Glo = 0,994048 + 0,004896x – 0,000055x2, R2 = 0,61 e Pt = 5,75333 - 0.00573x + 0,00008x2, R2 = 0,92. Enquanto a conversão alimentar dos leitões fôra linearmente melhorada até 100 ppm de virginiamicina na ração, as equações que descrevem as respostas do ganho diário de peso e do consumo diário de ração permitiram determinar um nível médio de 60 ppm como o mais adequado para estas duas características. Por outro lado, as respostas da proteína total, globulina e relação albumina/globulina do plasma permitiram estimar um nível sensivelmente inferior, ou seja, 40 ppm. Na realidade, os resultados deste experimento evidenciam o efeito promotor do crescimento da virginiamicina em leitões em recria.