Produção e características morfogênicas da Brachiaria brizantha cv. Xaraés com adubação convencional e fertirrigação na região Leste de Minas Gerais
Ano de defesa: | 2009 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
BR Construções rurais e ambiência; Energia na agricultura; Mecanização agrícola; Processamento de produ Doutorado em Engenharia Agrícola UFV |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://locus.ufv.br/handle/123456789/652 |
Resumo: | Na região Leste do Estado de Minas Gerais existe grande tradição na atividade pecuária, a qual exerce forte influência na economia regional, havendo a necessidade de desenvolver sistemas de pastejo associados à prática da irrigação. Experimentos já foram conduzidos visando à avaliação de gramíneas forrageiras tradicionalmente utilizadas na região sob irrigação. Os resultados mostraram que a Brachiaria brizantha cv. Xaraés foi o capim que melhor respondeu à irrigação no Leste de Minas Gerais. Diante disso, decidiu-se intensificar a pesquisa sobre esse capim, conduzindo-se um experimento em esquema de parcelas sub-subdivididas, tendo nas parcelas um esquema fatorial 2 x 2 (épocas climáticas e manejos de adubação), nas subparcelas quatro intervalos de desfolha e nas sub-subparcelas seis níveis de adubação, no delineamento inteiramente casualizado, com quatro repetições. As épocas climáticas foram divididas em período seco (outono/inverno) e período chuvoso (primavera/verão). Os intervalos de desfolha foram de 21, 28, 35 e 42 dias. Os manejos de adubação consistiram na aplicação de fertilização nitrogenada e potássica a lanço (convencional) e por meio da água de irrigação (fertirrigação). Para diferenciar os níveis de adubação no tratamento fertirrigado, utilizou-se a aspersão em linha. Os níveis de adubação (NA) tiveram uma relação entre nitrogênio e potássio de 1 N: 0,8 K2O e foram de 0% (sem N e K2O), 15% (108 kg de N e 86 kg de K2O), 39% (272 kg de N e 217 kg de K2O), 64% (451 kg de N e 361 kg de K2O), 83% (587 kg de N e 467 kg de K2O) e 100% (700 kg de N e 560 kg de K2O). Os parâmetros analisados foram as características morfogênicas, produtividade de matéria seca, altura de planta e cobertura do solo. Verificou-se em geral que a estação primavera/verão proporcionou maiores médias em todas as características morfogênicas avaliadas; entretanto, os manejos de adubação não proporcionaram efeito em nenhuma característica. O aumento do nível de adubação nitrogenada e potássica proporcionou aumento linear nas taxas de aparecimento de folhas (TApF), taxas de alongamento de folhas (TAlF) e nos números de folhas emergentes (NFEm), expandidas (NFEx) e vivas (NFV). Na taxa de alongamento de colmos (TAlC), houve resposta linear positiva apenas nos tratamentos de manejo de adubação convencional na estação outono/inverno e no tratamento fertirrigado na estação primavera/verão. Quanto ao efeito proporcionado pelo aumento do intervalo de desfolha, verificou-se que não houve efeito no NFEm, esse mesmo resultado foi encontrado para TAlF para o manejo da adubação convencional, porém para o tratamento fertirrigado, houve resposta linear positiva. A TApF respondeu de forma quadrática ao aumento do nível de adubação, resposta essa observada também na TAlC na estação outono/inverno; já na estação primavera/verão, houve resposta linear positiva. Os NFEx e NFV responderam de forma quadrática no tratamento de manejo da adubação convencional e estação outono/inverno e de forma linear positiva nos demais tratamentos. Para o parâmetro produtividade de matéria seca (MS), verificou-se que, em geral, o período seco apresentou menor produtividade de MS; porém, em média, a produtividade obtida na estação outono/inverno foi de 75% daquela obtida na estação primavera/verão. Os manejos de adubação não influenciaram os valores de produtividade de MS. Porém o aumento do nível de adubação proporcionou efeito linear positivo no capim-xaraés fertirrigado na estação outono/inverno e quadrático nos demais tratamentos. Os intervalos de desfolha proporcionaram efeito quadrático apenas no tratamento fertirrigado e estação outono/inverno. O capim-xaraés proporcionou maior cobertura ao solo na estação primavera/verão apenas nos maiores níveis de adubação e/ou nos maiores intervalos de desfolha. Os manejos de adubação não afetaram a cobertura do solo, tendo o aumento do nível de adubação proporcionado aumento linear na cobertura do solo pelo capim-xaraés. Quanto ao efeito proporcionado pelo intervalo de desfolha na cobertura do solo pela forrageira, observou-se efeito quadrático no tratamento com manejo da adubação convencional, e linear positivo no tratamento fertirrigado. As épocas climáticas não proporcionaram diferença na altura do capim-xaraés nos tratamentos com intervalo de desfolha de 21 dias. Nos demais intervalos de desfolha, observaram-se maiores alturas de planta na estação primavera/verão. Os manejos de adubação não influenciaram os valores de altura de planta, porém o aumento do nível de adubação proporcionou efeito linear positivo na altura das plantas. Quanto ao efeito proporcionado pelos intervalos de desfolha, verificou-se resposta quadrática para o tratamento fertirrigado e estação primavera/verão e, nos demais tratamentos, observou-se que o maior intervalo de desfolha proporcionou aumento linear na altura do capim-xaraés. |