Políticas climáticas, crescimento econômico e bem-estar: uma abordagem dinâmica multirregional

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Sousa, Geovânia Silva de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/6825
Resumo: A contenção do aumento da temperatura, gerado pelos altos níveis de concentração dos GEE na atmosfera, tem sido um desafio para os cientistas e formuladores de políticas. Um dos maiores entraves à implementação de políticas climáticas de mitigação têm sido os custos incorridos para as economias. Nesse sentido, buscou-se analisar, neste estudo, o desempenho das economias desenvolvidas e em desenvolvimento com a implementação da política climática de redução das emissões, na presença dos spillovers tecnológicos. Para tanto, foi elaborado uma variante do modelo MIND, que permitiu estender as análises para diversas regiões, considerando o comércio bilateral e os spillovers tecnológicos, em um contexto de mudanças climáticas. Com base nas análises feitas, constatou-se influência positiva dos spillovers tecnológicos, uma vez que a elevação no desempenho econômico das regiões bem como nas negociações internacionais e no bem-estar não acarretaram elevação no nível de emissões, visto que estes níveis se mantiveram inalterados. A política climática aplicada somente para os países desenvolvidos, conforme proposto inicialmente pelo protocolo de Kyoto, não foi suficiente para causar impactos positivos ou negativos sobre as variáveis. Quando aplicada para ambos, países desenvolvidos e em desenvolvimento, verificou-se pequena redução no desempenho das economias e no bem-estar, todavia a intensidade da redução nos níveis de emissões de CO 2 foi expressiva, demonstrando com isso que a cooperação entre os países em prol da estabilização da temperatura atmosférica implica maior eficiência da política climática. Por conseguinte, ao considerar a política climática global em conjunto com os spillovers tecnológicos, que aumentam a eficiência energética, houve redução significativa das emissões de CO 2 e elevação tanto no crescimento como no nível de bem-estar, associadas a uma distribuição aceitável dos custos entre as economias. Depreende-se que a alternativa mais eficaz no sentido de mitigar as emissões de GEE e alcançar a estabilidade da xiitemperatura seja a instituição de uma política climática global, associada aos spillovers tecnológicos, ao passo que as economias foram positivamente influenciadas, houve também considerável redução nos níveis de emissões. Ademais, a adição dos spillovers tecnológicos significa maior potencial de redução das perdas, ou potencialização dos ganhos de bem-estar. Adicionado a isso, a estabilidade climática implica melhor funcionamento dos ecossistemas, reduzindo as incertezas relacionadas às questões ambientais, que se refletem diretamente na sobrevivência da espécie humana.