Efeitos de políticas climáticas sobre o bem-estar econômico no Brasil e em países do Anexo I do Protocolo de Quioto

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Sousa, Lucas Vitor de Carvalho
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
BR
Desenvolvimento econômico e Políticas públicas
Mestrado em Economia
UFV
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://locus.ufv.br/handle/123456789/3284
Resumo: A relação entre bem-estar econômico e meio ambiente é um tema controverso e de grande relevância para as economias atuais, ainda mais em um cenário de aumento da temperatura. Esse aumento se dá prioritariamente pela emissão de gases originários de combustíveis fósseis, principal fonte de energia da atividade econômica. Nesse cenário, surge a necessidade de adoção de medidas para a mitigação dos impactos das mudanças climáticas sobre os ecossistemas. Diante disso, o presente trabalho buscou avaliar as inter-relações entre políticas climáticas, spillovers tecnológicos, crescimento econômico e bem-estar para as seguintes regiões selecionadas: Brasil e países do Anexo I (Protocolo de Quioto). Para isso, foi utilizada uma adaptação do modelo de Leimbach e Baumstark (2010), que por meio de simulações permite analisar as principais variáveis que compõem o sistema econômico em um cenário de mudanças climáticas. Os resultados mostraram que para qualquer cenário de política climática, os custos de mitigação são irrisórios para o crescimento econômico e, sobretudo para o bem-estar, mesmo na ausência de spillovers tecnológicos. Por outro lado, a política climática global com a presença de spillovers tecnológicos mostrou-se mais adequada uma vez que reduz consideravelmente os níveis de emissões de CO2, divide os custos de mitigação entre as regiões, afeta positivamente o desempenho econômico do Brasil e não há qualquer efeito sobre o bem-estar econômico das regiões analisadas. Contudo, os benefícios sociais, econômicos e ambientais de um planeta menos quente e poluído são substanciais e podem afetar positivamente o bem-estar não econômico. Nesse sentido, um estudo mais apurado de tais benefícios derivados de uma menor pressão antrópica sobre o sistema climático se configura em um objeto de investigação futuro.