Análise do vazio sanitário na incidência de ferrugem asiática da soja no Tocantins

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Michelin, Luís Henrique Fróes
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/23146
Resumo: A ferrugem asiática da soja, causada por Phakopsora pachyrhizi, foi descrita pela primeira vez em 1902 no Japão e era limitada à Ásia e à Austrália até 1997, quando foi encontrada em Uganda. Na safra 2001/02 ocorreu no Brasil, nos estados do RS, PR, MG, SP, MT, MS, GO e SC. O objetivo deste trabalho foi analisar o efeito da implantação do vazio sanitário da soja na incidência de ferrugem asiática no Estado do Tocantins. Os dados foram obtidos das fiscalizações da Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Tocantins – ADAPEC e das ocorrências registradas de ferrugem asiática da soja pelo Consórcio Antiferrugem - CAF. O Brasil acumulou 2.250 ocorrências e o Tocantins aparece com poucas notificações junto ao Consórcio, porém, nos períodos de entressafra os números da ADAPEC mostram um total de 416 ocorrências no período de 2011 a 2016. A incidência no Tocantins no período de safra foi ínfima conforme consta no site do Consórcio, porém, esta relação na entressafra variou de 0,03 em 2011 a 0,098 no ano de 2015. A incidência em 2013 apresentou acréscimo de 108% em relação ao ano anterior. De 2013 para 2014 houve um incremento de 560% no período de entressafra. Do total de 416 ocorrências de ferrugem na entressafra no Tocantins, 319 apresentaram 2,0% para severidade, totalizando 76,68% nas ocorrências com este nível de severidade. Apesar do número elevado de ocorrências na entressafra, a ferrugem não apresentou continuidade na safra no Tocantins. Conclui-se que o vazio sanitário adotado no Estado do Tocantins tem auxiliado como estratégia para o controle e a baixa incidência de ferrugem asiática da soja em todas as regiões de produção. Em 2015, houve um aumento da incidência de ferrugem na entressafra. Nota-se ainda que o número significativo da incidência no período de entressafra não refletiu na safra nos anos de 2011 a 2016. O nível de severidade em área foliar na entressafra foi concentrado no nível de 2% para os anos de 2011 a 2016. Os estádios fenológicos de ocorrência variaram de R2 a R7 no período de safra e de R3 a R8 na entressafra, permanecendo com a característica de surgimento em final de ciclo.