Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Segheto, Kátia Josiany |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://locus.ufv.br//handle/123456789/27784
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Resumo: |
Agravos relacionados à saúde óssea constituem, atualmente, um grave problema de saúde pública mundial. Desta forma, esta tese teve como investigar os fatores associados à massa óssea em adultos de Viçosa/MG. O estudo foi do tipo transversal, de base populacional, realizado com 701 adultos de ambos os sexos, residentes na zona urbana de Viçosa, Minas Gerais, Brasil. Inicialmente foram aplicados questionários domiciliares para obtenção de dados socioeconômicos, comportamentais e de condições de saúde. Posteriormente, foram realizados exames laboratoriais, antropométricos, e, por fim, a densitometria óssea para avaliação da saúde óssea. Para análise das associações de interesse foram utilizados modelos de regressão linear estratificados por sexo. Com relação ao CMO, observou-se que este se associa inversamente com a idade para ambos os sexos (Homens: p=0,007; Mulheres: p<0,001). A variável estado nutricional foi também associada ao CMO em ambos os sexos (Homens: p<0,001; Mulheres: p<0,001), sendo, neste caso, uma associação positiva. Somente entre os homens, observou-se associação significativa entre alta escolaridade e aumento do CMO (p=0,003), e entre deficiência de 25(OH)D e baixo CMO (p<0,001). Entre mulheres que se autodeclararam como não brancas, o CMO foi significativamente maior (p=0,010). Já para a DMO, entre os homens, identificamos que esta é menor em indivíduos mais velhos (p<0,001, em todos os sítios ósseos) e com status deficientes de 25(OH)D (Coluna Lombar: p=0,020 e Colo do Fêmur e Fêmur Total p<0,001) e, maior em não brancos (Coluna Lombar: p=0,015; Colo do Fêmur 0,014) e indivíduos com sobrepeso e obeso (Coluna Lombar: p<0,001; Colo do Fêmur: p=0,022 e p<0,001; Fêmur Total; p= 0,002 e p<0,001). Para as mulheres, identificamos variações nos modelos finais em relação aos sítios ósseos avaliados. As variáveis faixa etária (p<0,001) e estado nutricional (Coluna Lombar: p=0,007 e Colo do Fêmur e Fêmur Total; p<0,001) foram significativamente associadas à DMO, independente do sítio ósseo avaliado, sendo observado menor DMO entre as mais velhas e naquelas com eutrofia. Com relação à cor da pele, maior DMO foi encontrada entre não brancas em comparação às brancas (Coluna Lombar: p=0,015; Colo do Fêmur: p=0,057). Finalmente, foi identificada associação entre uso de anticoncepcional e menor DMO na coluna lombar (p=0,026). Ao verificar a interação entre vitamina D e cor da pele em relação à saúde óssea, foi identificada associação direta entre concentrações séricas de vitamina D e massa óssea entre homens, com ausência de interação com a cor da pele. Por outro lado, entre mulheres não brancas, uma relação inversa foi observada para os sítios colo do fêmur e fêmur total e identificada interação para o colo do fêmur apenas (p=0,012). Por fim, ao realizar uma revisão sistemática de artigos que avaliaram a associação entre concentrações séricas de vitamina D e baixa massa óssea em adultos, foi identificada associação em todos os sítios ósseos avaliados em ambos os sexos. Através da metarregressão foi possível identificar que o tamanho amostral (colo do fêmur: p= <0,01; quadril: p= <0,01), a média da variável concentrações séricas de vitamina D (colo do fêmur= 0,07; quadril: p= 0,03) e o risco de viés (CMO: p= 0,03), foram fonte de heterogeneidade para o desfecho. Este trabalho identificou que fatores sociodemográficos, antropométricos, comportamentais, e de condições de saúde foram associados à saúde óssea em adultos, contribuindo para elaboração de políticas públicas preventivas. |