Estratégias de geração de renda, segundo as fases do ciclo de vida familiar e tipo de atividade agrícola: um estudo em pequenas propriedades rurais, Viçosa-MG

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2001
Autor(a) principal: Ribeiro, Juny Valéria Gonçalves de Assis
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/9175
Resumo: O conhecimento das estratégias que as famílias rurais que sobrevivem da agricultura familiar desenvolvem para gerar ou aumentar suas fontes de renda, de forma a prover um rendimento mensal que atenda às suas necessidades mais prementes, pode servir de subsídio para as entidades e os profissionais que trabalham e, ou dão assistência a tais famílias. Neste sentido, procurou-se com esta pesquisa identificar e analisar as principais estratégias desenvolvidas por unidades domésticas de pequenas propriedades rurais de sobrevivência do município de Viçosa-M.G., segundo o perfil do produtor, as características das propriedades e a fase do ciclo de vida dessas famílias. Foram analisados os aspectos referentes ao perfil pessoal e familiar dos pequenos produtores; as características das propriedades, abordando suas formas de exploração e as condições de seus rendimentos; a caracterização das principais estratégias de geração de renda, a partir de sua identificação; sua periodicidade, bem como seu padrão, em função da fase do ciclo de vida familiar e do tipo de exploração das propriedades. Para isto, os dados foram coletados junto aos produtores rurais, em suas propriedades, utilizando os procedimentos estatísticos de freqüência, média e freqüência cruzadas. Os resultados mostram que as estratégias eram de suma importância para a sobrevivência familiar e a manutenção das propriedades, e que elas envolviam a participação de todos os membros familiares. As famílias, predominantemente nucleares, de tamanho reduzido, encontravam-se na fase de dispersão do ciclo de vida, com a maioria dos proprietários com idade acima de 50 anos, de baixo nível de escolaridade. Do ponto de vista estatístico, pôde-se observar que certos tipos de estratégias, como a aposentadoria (renda não-agrícola), estavam mais associados à fase de dispersão do ciclo de vida, e a indústria caseira e renda não-agrícola e a parceria, à fase de formação, enquanto na fase intermediária as estratégias mais representativas foram a renda não-agrícola (especialmente aluguel de imóvel na cidade), realizada junto em parceria, e o reaproveitamento de subprodutos. Em relação ao tipo de exploração da propriedade, os dados mostraram que a indústria caseira, e a renda não-agrícola foram as que predominaram entre os cafeicultores; entre os bovinocultores predominou a estratégia das rendas não-agrícolas, o que também ocorreu com os produtores de milho. Torna-se imprescindível que as autoridades competentes incentivem e adotem políticas dirigidas a essa população, para que ela possa melhorar suas condições de vida e se manter no campo, evitando o êxodo rural.