Impacto dos macronutrientes, do índice glicêmico e da carga glicêmica da dieta no controle glicêmico em diabéticos tipo 2

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Rocha, Anna Ligia Cabral da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso embargado
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
BR
Valor nutricional de alimentos e de dietas; Nutrição nas enfermidades agudas e crônicas não transmis
Mestrado em Ciência da Nutrição
UFV
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://locus.ufv.br/handle/123456789/2733
Resumo: A adoção de hábitos alimentares adequados tem sido considerada um dos principais fatores necessários para alcançar o controle glicêmico em pacientes portadores de Diabetes Mellitus tipo 2 (DM2). Dentre os macronutrientes, os carboidratos são aqueles que exercem maior impacto sobre os níveis glicêmicos. A qualidade dos carboidratos ingeridos é refletida pelo índice glicêmico (IG) da dieta. Acredita-se que o efeito do IG no controle glicêmico seja afetado pelo teor de lipídios, proteínas e fibras ingeridos. A quantidade e a qualidade dos carboidratos ingeridos podem ser avaliadas em função da carga glicêmica (CG) da dieta. O objetivo do presente estudo foi avaliar o efeito da dieta habitualmente ingerida no controle glicêmico, na ingestão alimentar, no peso e na composição corporal de indivíduos portadores de DM2. A ingestão alimentar habitual (registro alimentar de 72 h e questionário de frequência alimentar), índices antropométricos e gordura corporal de 44 diabéticos tipo 2 foram avaliados neste estudo. Verificou-se que o teor médio de macronutrientes da dieta habitual estava adequado, conforme as diretrizes nutricionais determinadas pela ADA, EASD e UK. Observou-se que 63,6% (n=28) dos participantes ingeriam dieta de baixo IG, 34% (n=15) de médio IG e 2,3% (n=1) de alto IG. Quanto à CG, observou-se que 61,4% (n=27) ingeriam dieta de baixa CG e 38,6% (n=17) de média CG. A maioria dos participantes apresentava controle glicêmico e índices antropométricos acima das metas recomendadas. Constatou-se que a ingestão habitual de dieta apresentando IG e/ou CG mais baixos e ingestão adequada de macronutrientes resultou em melhor controle glicêmico. Não houve efeito do baixo IG e/ou CG sobre os indices antropométricos avaliados. É possível que outros macronutrientes, além do subrelato dos dados dos registros e questionário alimentares, possam ter influenciado nesses resultados. Esses resultados apontam para a necessidade da condução de estudos que visem aumentar a fidedignidade dos instrumentos utilizados para avaliar a ingestão alimentar em condições de vida livre, a fim de favorecer a orientação nutricional de pacientes diabéticos, melhorando seu controle metabólico e prevenindo as temidas complicações desta doença.