Alterações morfológicas e status oxidativo induzidos pela exposição subcrônica ao clorpirifós em Artibeus lituratus (Chiroptera: Phyllostomidae)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Neves, Pedro Henrique Costa
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Biologia Animal
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://locus.ufv.br/handle/123456789/32493
https://doi.org/10.47328/ufvbbt.2024.460
Resumo: O clorpirifós é um pesticida organosfosforado que se configura como um dos mais utilizados no Brasil nos últimos anos. Devido a diversos aspectos fisiológicos e ecológicos, morcegos se configuram como animais silvestres que acabam entrando em contato direta ou indiretamente com pesticidas utilizados em cultivos agrícolas. Esse contato acarreta danos sobre a saúde, reprodução e conservação das espécies afetadas. O objetivo desse estudo foi mensurar os efeitos causados pela exposição oral subcrônica do clorpirifós em morcegos frugívoros neotropicais. Morcegos machos adultos da espécie Artibeus lituratus foram capturados com redes de neblina, e, após período de aclimatação, divididos em dois grupos experimentais: grupo controle (CT) (n=7), alimentados com frutos sem tratamento e o grupo Clorpirifós (CP) (n=8), alimentados diariamente com frutos tratados com uma calda de Capataz ® (ingrediente ativo clorpirifós: 480,00 g/L; 48,0% m/v) a 15mL/L (dose comercial, recomendada pelo fabricante). Após 14 dias de tratamento, os animais foram eutanasiados e os tecidos foram coletados e devidamente armazenados para análises do status oxidativo, histológicas e hormonais. Os resultados mostraram que a exposição ao clorpirifós causou redução da atividade enzimática da catalase (CAT) no tecido hepático, aumento da atividade de glutationa s-transferase (GST) testicular e aumento na concentração de proteínas carboniladas (PC) no tecido renal. Na histologia renal foi observado redução do epitélio tubular e da área glomerular dos animais tratados com clorpirifós, assim como aumento de ocorrência de infiltração leucocitária, congestão vascular e marginação leucocitária. Os resultados obtidos indicam que a exposição ao clorpirifós em doses ambientalmente relevantes foi capaz de gerar alterações deletérias no status oxidativo e aspectos morfológicos de morcegos frugívoros. Palavras-chave: Pesticida; Ecotoxicologia; Estresse oxidativo; Histopatologia; Morcegos.