Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Milagres, Cristiane Aparecida |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://locus.ufv.br//handle/123456789/27411
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Resumo: |
O cedro (Cedrela fissilis) é uma espécie arbórea utilizada em diferentes finalidades sendo por isso alvo de intenso extrativismo e exploração em seu habitat natural. O fungo Pseudobeltrania cedrelae é o agente causal de uma mancha foliar em mudas e plantas adultas de cedro e frequentemente é encontrado associado ao fungo Phyllachora balansae, ocasionando intensa desfolha. Os objetivos deste estudo foram epitipificar, caracterizar e gerar informação sobre o posicionamento filogenético de P. cedrelae, elucidar o processo infeccioso de P. cedrelae em folíolos de cedro e a possível relação entre P. cedrelae e P. balansae na germinação de conídios de P. cedrelae e no desenvolvimento da mancha de pseudobeltrania. Coletas foram realizadas em três locais no município de Viçosa, MG, Brasil, das quais foram obtidos 10 isolados de P. cedrelae. O epitipo será designado e caracterizado morfológica e molecularmente. As características morfológicas das estruturas fúngicas obtidas de folhas sintomáticas e da técnica de microcultura apresentaram variações. De acordo com a árvore filogenética obtida a partir das regiões ITS e 28S, os isolados se agruparam em um mesmo clado, porém em um clado distinto de Pseudobeltrania ocoteae, o que sugere que tal espécime não pertence ao gênero Pseudobeltrania, mas sim a Hemibeltrania. O processo infecioso de P. cedrelae em folíolos de cedro foi estudado utilizando a microscopia eletrônica de varredura em amostras foliares obtidas entre 1 a 408 horas após inoculação (hai). A germinação de P. cedrelae ocorreu a partir de 3 hai com a emissão de 1 a 2 tubos germinativos a partir das extremidades e/ou da lateral dos conídios. Foi observada baixa germinação de conídios de P. cedrelae e formação de apressórios em todas as amostras de folíolos de cedro sadios e alta germinação e formação de apressórios sobre amostras contendo ascomas de P. balansae. A penetração ocorreu de forma direta e através dos estômatos. A colonização inter e intracelular de células do parênquima lacunoso foi observada a partir de 144 hai. A esporulação foi observada com 408 hai, em conidióforos que emergiam através da epiderme e dos estômatos. A porcentagem de germinação de conídios, in vitro, de P. cedrelae em água, em água + cortes de folíolos de cedros sadias e em água + cortes de folíolos contendo ascomas de P. balansae foi 2, 79 e 91%, respectivamente. A influência de P. balansae foi também observada sobre o desenvolvimento da mancha de pseudobeltrania, a incidência da doença em folhas sadias inoculadas sem (2,08%) e com ferimento (8,33%) prévio foi significativamente diferente do que em folhas contendo ascomas de P. balansae (87,5%). Além disso, em folhas contendo ascomas de P. balansae o período de incubação da mancha de pseudobeltrania foi 2 dias e em folhas sadias 6 dias. Neste estudo, será proposto o epitipo do fungo P. cedrelae com base em análises morfológicas e moleculares, a fim de contribuir com a filogenia da família Beltraniaceae, além de ter gerado informações inéditas sobre o processo infeccioso de P. cedrelae e sobre o estímulo exercido pelo fungo P. balansae no desenvolvimento da mancha de pseudobeltrania em folhas de cedro. |