O potencial de desenvolvimento endógeno dos municípios paranaenses

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Piacenti, Carlos Alberto
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
BR
Economia e Gerenciamento do Agronegócio; Economia das Relações Internacionais; Economia dos Recursos
Doutorado em Economia Aplicada
UFV
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://locus.ufv.br/handle/123456789/120
Resumo: O objetivo deste estudo foi identificar, dentre os municípios paranaenses, aqueles considerados economicamente deprimidos e, assim, determinar seu potencial de desenvolvimento endógeno. Para tanto, o estudo analisou três diferentes dimensões, que agregaram indicadores econômicos, sociais e institucionais dos municípios paranaenses. Para o estudo, utilizou-se a teoria do desenvolvimento endógeno, que pressupõe o protagonismo dos atores locais, interagindo em laços de cooperação territorial, constituindo, assim, o capital social do município. Entende-se que esse capital social, atuando de forma conjunta com outras formas de capitais (capital humano, capital cívico, entre outros), promove o desenvolvimento econômico do município. Assim, a pesquisa traçou o ranking de municípios economicamente deprimidos, conforme o grau do seu potencial de endogenia. As conclusões abrangeram cada uma das três dimensões e, de forma específica, a determinação do potencial de desenvolvimento endógeno dos municípios economicamente deprimidos. Na dimensão social, o índice de educação utilizado para medir o capital humano determinou que 59,90% do total dos municípios paranaenses apresentaram baixo nível de capital humano. A dimensão institucional, que serviu de proxy para determinar o capital social dos municípios paranaenses, indicou que é baixíssima a participação da população nos conselhos municipais. Somente sete municípios no Estado apresentaram um grau elevado de participação, o que corresponde a 2% dos municípios do Paraná. A pesquisa também demonstrou que 35% dos municípios paranaenses não apresentam condições de alavancar a demanda efetiva das suas economias via gastos públicos ou investimentos e manutenção da infraestrutura municipal. Na dimensão econômica, dos 399 municípios, foram identificados 266 como economicamente deprimidos, representando 66,67% do total de municípios paranaenses, sendo que 85 deles foram classificados como de baixo potencial de desenvolvimento endógeno. Assim, 21,30% dos municípios paranaenses não apresentaram nenhum indicador econômico e socioinstitucional acima dos respectivos indicadores médios do Estado. Aproximadamente 70% desses municípios foram emancipados há mais de trinta anos e, nesse grupo, muitos estão com mais de cem anos de existência. O estudo conclui que os municípios paranaenses classificados como economicamente deprimidos são também, por extensão, municípios que apresentam baixos indicadores de capital humano e de capital social. Sobretudo, o estudo sugere que os municípios deprimidos devam ser tratados de forma diferenciada, tal como ocorre com as pequenas propriedades agrícolas, ou seja, com a formulação de políticas públicas específicas para eles, que estimulem a diversificação das atividades econômicas, privilegiando ações que gerem condições de permanência da população jovem nesses municípios. Tais políticas podem contribuir, assim, para que esses municípios retenham e consigam estimular seu capital humano e social.