Capital social e disparidade de renda nos municípios do Vale do Rio Doce em Minas Gerais: uma aplicação da nova economia institucional
Ano de defesa: | 2010 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
BR Desenvolvimento econômico e Políticas públicas Mestrado em Economia UFV |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://locus.ufv.br/handle/123456789/3247 |
Resumo: | O interesse dos pesquisadores com os motivos das elevadas desigualdades de renda regionais entre os municípios brasileiros tem gerado inúmeros trabalho científicos, contudo, a maioria desses estudos não tem levado em conta a importância da organização institucional ou social dos municípios. O presente trabalho visa exatamente verificar se o capital social, juntamente com as questões envolvendo ação coletiva abordadas pela teoria da nova economia institucional, são relevantes para explicar tais disparidades. O capital social é composto por um conjunto de características relacionadas a organização social tais como: laços de confiança, normas, sistemas, redes de interação, cadeias de relações sociais, associações, cooperativas, entidades filantrópicas, dentre outras. Esse conjunto de características facilita as transações econômicas através da redução dos custos de transação e os indivíduos que estão organizados coletivamente, conseguem obter bens e recursos que só conseguiriam adquirir mediante esses custos mais elevados. Observou-se nos municípios estudados, que o estoque de capital social tem contribuído para utilização racional e sustentável dos recursos naturais que servem de insumos básicos para produção agrícola, como por exemplo a água. Apesar de facilitar as interações humanas existe alguns problemas de ação coletiva relacionado principalmente com a utilização de recursos comuns, que mesmo com elevados níveis de capital social não são superados sem a imposição de restrições ou incentivos ao comportamento individual. Nos cento e dois municípios que compõe a mesorregião do Vale do Rio Doce em Minas Gerais, foi verificado que o nível de capital social, capital humano e infraestrutura de saúde, são relevantes para determinação da renda per capita dos municípios. A heterogeneidade social que poderia minar as bases de interrelações sociais ainda não são suficientes para impedir a disposição dos indivíduos cooperarem. Certamente, as manifestações cooperativas e de confiança provenientes do capital social, estão sendo importantes para aumentar a reputação que os indivíduos possuem em adotar atitudes cooperativas. Dessa forma os indivíduos são capazes de desenvolver instituições eficientes que ajudam a preservar ao longo do tempo as fontes de recursos naturais. É importante destacar que as restrições que o governo tem adotado em relação ao comportamento dos indivíduos, principalmente relacionado a degradação ambiental, estão sendo também relevantes para salvaguardar o nível de renda da população. |