Química, física, mineralogia e teores de metais pesados em solos do estado do Amazonas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Moreira, Leo Jakson da Silva
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/10356
Resumo: A Floresta Amazônica é um importante bioma brasileiro e encontra-se pressionada pelo crescimento econômico do país nas últimas décadas, o que tem contribuído para a degradação de seus recursos naturais. O desenvolvimento de cidades, indústrias e da agricultura promovem a emissão de compostos químicos danosos ao ambiente, dentre eles os metais pesados, que são oriundos principalmente da queima de combustíveis fósseis, do uso de inseticidas, pesticidas, herbicidas, de aterros sanitários, rejeitos de mineração e outros. Assim, a quantificação dos teores naturais de metais nos solos, bem como o conhecimento de suas principais características, apresenta-se de grande relevância na preservação e manutenção deste recurso natural. O objetivo deste trabalho foi realizar a caracterização química, física e mineralógica de solos do estado do Amazonas – Brasil, bem como quantificar os teores de metais pesados nos mesmos e, consequentemente, definir os Valores de Referência de Qualidade (VRQ’s) desses metais. Além disso, foram conduzidos estudos de particionamento, bioacessibilidade e avaliação de risco em uma amostra de solo que apresentou elevado teor de cromo. Os resultados de caracterização química, física e mineralógica dos solos indicaram a presença de solos distintos na região. Os solos de várzea, que recebem contribuição de sedimentos provenientes dos Andes, apresentaram mineralogia expansiva, maior fertilidade natural e potencial para uso agrícola, diferenciando-se dos demais. Observou-se uma distinção entre os solos de terra firme associada principalmente aos atributos de fertilidade e à mineralogia, o que reflete os diferentes materiais de origem da região. Solos de maior riqueza em nutrientes e com mineralogia expansiva foram encontrados principalmente na região do Alto Solimões, tendo como material de origem os sedimentos da Formação Solimões. Já os solos de menor fertilidade e mineralogia do tipo gibbsítica foram encontrados predominantemente nas regiões sudeste e noroeste do estado, sendo formados sobre rochas ígneas e metamórficas dos escudos das Guianas e Brasil Central. De maneira geral, os teores de metais pesados nos solos são baixos, sendo os teores mais elevados obtidos em solos formados sobre rochas ígneas e metamórficas. Os solos de várzea (Gleissolos e Neossolos Flúvicos) apresentaram os maiores teores de elementos considerados de maior mobilidade, tais como Ba, Pb, Co, Zn, Ni, Cu e Mn. Já os solos de terra firme apresentaram os maiores teores de elementos considerados de menor mobilidade, como Fe, Cr, V, Ti, Zr e Al. Para o estado do Amazonas, sugerem-se dois VRQ's por metal, sendo um para os solos de várzea e o outro para os solos de terra firme, tendo em vista que a dinâmica de metais nestes ambientes é distinta. Entre os solos estudados, um apresentou teor de Cr acima de 2000 mg kg-1 e os resultados das análises do referido solo indicaram que uma exposição a esta concentração apresenta-se como de potencial risco a saúde humana.