Associação micorrízica e propagação simbiótica de espécies de Hadrolaelia e Hoffmannseggella (Orchidaceae)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Cunha, Melissa Faust Bocayuva
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
BR
Botânica estrutural; Ecologia e Sistemática
Doutorado em Botânica
UFV
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://locus.ufv.br/handle/123456789/371
Resumo: Três espécies de orquídeas em risco de extinção Hoffmannseggella caulescens, H. cinnabarina e Hadrolaelia jongheana foram selecionadas para o presente trabalho por serem ícones da situação atual de um dos mais importantes hotspot do mundo, a Floresta Atlântica. A fim de criar as bases de um modelo de conservação integrada para orquídeas em risco de extinção, os objetivos propostos neste trabalho são realizar a caracterização morfológica e molecular de isolados de Rhizoctonia-like associados a estas orquídeas, para desta forma elaborar protocolos de propagação in vitro com Epulorhiza spp. e de aclimatização de plântulas micorrizadas em casa-de-vegetação, testando substratos alternativos. Através da caracterização morfológica e molecular, 30 Rizocthonia-like foram identificados como Epulorhiza spp. Isolados das espécies rupícolas Hoffmannseggella representam dois clados muito próximos a Tulaneslla calospora. Isolados H. jongheana são filogeneticamente distantes entre eles e próximos a quatros espécies de Tulasnella sp. Nossos resultados desmontaram que as orquídeas tropicais, epífitas e rupícolas, são provavelmente generalistas em suas associações com fungos micorrízicos do gênero Epulorhiza sp. As ferramentas moleculares proporcionaram uma abordagem mais precisa do que a identificação morfológica. Quatros isolados de Epulorhiza promoveram a germinação de sementes, um deles (M65) proporcionou taxas de germinação e índice de crescimento significativamente mais elevados que os demais. Também houve germinação das sementes nos tratamentos não inoculados (B&G, Knudson e OMA) para todas as espécies, mas no OMA foi observado apenas a Estágio 2. O GI para Hoffmannseggella foi significativamente maior no tratamento de M65 e para o H.jongheana não diferiu em dois tratamentos, HJ21B e Knudson. A epífita H. jongheana mostrou ser menos dependente de micorrizas para a germinação e desenvolvimento de protocormos de que as rupícolas. Enfim, a metodologia de aclimatação proposta também se demonstra eficaz, comprovando o desenvolvimento das plântulas em todos os tratamentos com elevadas porcentagens de sobrevivência para todas as espécies, assim como a permanência da micorrização ao longo de 7 meses de aclimatização das três espécies de orquídeas estudadas.