Ocupação e detectabilidade do lagarto endêmico Liolaemus lutzae (Squamata: Liolaemidae) em áreas de restinga do estado do Rio de Janeiro
Ano de defesa: | 2023 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Instituto de Biologia Roberto Alcantara Gomes Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Ecologia e Evolução |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/22483 |
Resumo: | No primeiro capítulo, fizemos uma revisão sistemática através de buscas em base de dados dos artigos que utilizaram a metodologia de ocupação proposta por Mackenzie et al. (2002) para o grupo dos lagartos. Um total de 25 artigos que preenchiam os requisitos foram encontrados, distribuídos por nove países diferentes. 42 espécies de lagartos foram estudadas nestes artigos, sendo cinco delas em mais de um. Um total de 47 variáveis de ocupação foram testadas pelos autores, sendo 30 delas influentes na análise. Outras 33 variáveis foram testadas para a detectabilidade pelos autores e 22 delas foram influentes na análise. No segundo capítulo, amostramos 25 diferentes habitats de praia de áreas de restinga no estado do Rio de Janeiro.Realizamos transectos lineares e usamos modelagem de ocupação para determinar os fatores que influenciam a ocupação e a detectabilidade da espécie Liolaemus lutzae Mertens, 1938, um pequeno lagarto liolaemídeo criticamente ameaçado e restrito a habitats de restinga do estado do Rio de Janeiro no Brasil.Adicionalmente, investigamos quais populações desse lagarto permanecem ocupando as áreas amostradas. A probabilidade estimada de ocupação foi de 69% (0,69 ± 0,05) e a detectabilidade estimada foi de 50% (0,50 ± 0,03). O modelo de detecção com melhor ajuste continha apenas a variável temperatura do ar. A ocupação foi melhor descrita por quatro variáveis: número de fontes de perturbação no transecto, cobertura vegetal em um buffer de 50 metros, cobertura de areia exposta em um buffer de 20 metros e cobertura de área construída em um buffer de 50 metros. Das 25 restingas amostradas, em seis não encontramos indivíduos de L. lutzae: Piratininga, Camboinhas, Itaipu e Itacoatiara, no município de Niterói; Praia dos Anjos no município de Arraial do Cabo, e Praia do Foguete no município de Cabo Frio. As primeiras cinco áreas de habitat de praia já eram conhecidas por terem suas populações de L. lutzae extirpadas enquanto a última indica uma possível extirpação da população, já que em estudos feitos na região nos últimos 15 anos, a espécie ainda era encontrada com frequência. Recomendamos que medidas sejam implementadas para mitigar os impactos antrópicos em suas populações remanescentes ao longo de sua extensão, preservando a vegetação em mais áreas de restinga |