Existe substitutibilidade entre os insumos naturais e não naturais? Evidências a partir da função CES

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Soares, Thiago Costa
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
BR
Desenvolvimento econômico e Políticas públicas
Mestrado em Economia
UFV
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://locus.ufv.br/handle/123456789/3273
Resumo: O objetivo desse estudo foi avaliar o grau de substituição entre os insumos capital, trabalho e energia para as 80 maiores economias do mundo em 2008. Buscou-se incorporar as eficiências individuais e estimar função de produção Constant Elasticity of Substitutuion (CES), que flexibiliza o parâmetro de substitutibilidade. O referencial teórico utilizado baseou-se nas pressuposições da economia ambiental, sobretudo no modelo de Solow (1986), Edenhofer, Bauer e Kriegler (2005) e Kemfert (1998). O procedimento metodológico adotado consistiu na estimação da função CES por Mínimos Quadrados Não Lineares (MQONL). Concomitantemente, utilizou-se a técnica estatística de análise fatorial para construir o indicador relativo ao insumo ambiental. E para o cálculo das eficiências individuais dos fatores de produção, utilizou-se a técnica Data Envelopment Analysis (DEA), que permitiu analisar os escores de eficiência das nações quanto à utilização dos insumos naturais e não naturais. Acerca dos principais resultados, cabe destacar que não se pode rejeitar estatisticamente a hipótese de que a função CES descreva o comportamento econômico mundial. Segundo o parâmetro de substituição estimado, a elasticidade de substituição entre os insumos naturais e não naturais é menor que a unidade. Dessa forma, pode-se dizer que as possibilidades de troca entre os insumos são limitadas. De outra forma, pelos parâmetros parciais de substituição estimados, pode-se afirmar que a elasticidade de substituição capital-energia está mais próxima da complementaridade do que da substitutibilidade, já que o valor estimado está mais próximo de zero. Em relação aos resultados encontrados para o modelo capital-trabalho, as evidências são praticamente as mesmas quanto ao grau de substituição. Já para o modelo energiatrabalho, embora exista maior grau de substitutibilidade, não parece coerente supor um retrocesso tecnológico ao ponto de se trocar, por exemplo, gasolina por força animal. Portanto, o atual esquema de produção utilizado pode ser considerado insustentável, pois as possibilidades de troca entre os insumos são relativamente baixas e a utilização irracional dos recursos naturais neste contexto pode levar a uma contínua degradação do meio ambiente e à perda de bem estar das futuras gerações.