Comparação dos efeitos da ingestão crônica de arsenito e arsenato de sódio sobre parâmetros testiculares e epididimários em ratos Wistar

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Souza, Ana Cláudia Ferreira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
BR
Análises quantitativas e moleculares do Genoma; Biologia das células e dos tecidos
Mestrado em Biologia Celular e Estrutural
UFV
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://locus.ufv.br/handle/123456789/2362
Resumo: O arsênio é um metal pesado amplamente encontrado na natureza nas formas de arsenito e arsenato, sendo a primeira forma mais tóxica, uma vez que a mesma reage fortemente com grupos tiois endógenos. A intoxicação por arsênio pode ocasionar diferentes patologias, dentre elas aquelas que afetam o sistema reprodutor masculino. Portanto, o objetivo deste trabalho foi comparar os efeitos da exposição crônica ao arsenato e arsenito de sódio sobre órgãos reprodutivos masculinos, avaliando parâmetros histomorfométricos, enzimáticos e funcionais. Foram utilizados 30 ratos Wistar adultos randomicamente divididos em cinco grupos experimentais. Os animais controle beberam solução salina, enquanto os animais tratados foram oralmente expostos ao arsenato e arsenito de sódio, testando-se para cada forma química as concentrações de 0,01 mg/L e 10 mg/L. Foram fornecidos 30 mL das soluções diariamente por 56 dias. O arsenito de sódio nas duas concentrações avaliadas e o arsenato a 10 mg/L causaram redução na produção espermática diária, no número de espermátides no testículo e de espermatozoides nas regiões da cabeça/corpo do epidídimo. Alterações na histomorfometria epididimária ocorreram de forma variável e região específica. Em relação ao testículo, os animais tratados com arsênio, principalmente com arsenito de sódio, apresentaram redução no percentual de epitélio seminífero e na proporção e volume das células de Leydig e tecido conjuntivo. Além disso, observou-se aumento nas proporções de túnica própria, lúmen, espaço linfático, vasos sanguíneos e macrófagos. Adicionalmente, o arsenato e o arsenito de sódio administrados na maior concentração, causaram vacuolização na base do epitélio seminífero em alguns túbulos. Com relação às enzimas antioxidantes, a atividade da superóxido dismutase não se alterou frente à exposição ao arsênio. No entanto, a atividade da catalase reduziu em animais tratados. Esses resultados mostram o poder tóxico do arsênio, principalmente na forma de arsenito de sódio, para parâmetros morfofuncionais reprodutivos e para o sistema de defesa antioxidante testicular, mostrando seu potencial prejuízo à fertilidade masculina em ratos Wistar.