Atividade antifúngica e controle da antracnose da soja por produtos concentrados com lipopeptídeos de Bacillus spp

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Webers, Endrio Rodrigo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Fitopatologia
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://locus.ufv.br//handle/123456789/31182
https://doi.org/10.47328/ufvbbt.2023.318
Resumo: A cultura da soja é hospedeira de diversos patógenos, entre eles Colletotrichum truncatum, principal agente etiológico da antracnose, doença que vem ganhando relevância nos últimos anos. No controle da antracnose e outras doenças de parte aérea da soja, o manejo para a resistência a fungicidas é feito com a mistura e alternância de fungicidas sítio-específicos e a adição de fungicidas multissítio em misturas. No entanto, os principais fungicidas multissítio utilizados na cultura da soja (mancozebe, clorotalonil e cobre nas diferentes formas) apresentam restrições para sua utilização. Diante disso, surge a demanda por novos fungicidas mais seguros e de ação protetora, como os bioprodutos à base de Bacillus spp. produtores de lipopeptídeos com ação antifúngica. Neste trabalho, produtos concentrados enriquecidos com lipopeptídeos de quatro isolados de B. velezensis e um de B. altitudinis foram submetidos a testes de microtitulação para avaliação da inibição do crescimento e comparação da CE 50 frente a dois isolados de C. truncatum. Os mesmos produtos foram testados no controle da antracnose em plantas de soja em câmara de crescimento. O produto concentrado de um isolado (UCBB 48) foi testado para o controle da antracnose e outras doenças foliares da soja em campo. In vitro, os produtos dos isolados de B. velezensis inibiram o crescimento dos isolados C. truncatum, com valores de CE 50 entre 80,14 e 248,69 μg/ml; o produto de B. altitudinis não inibiu o crescimento de C. truncatum. Nos testes em planta em ambiente controlado, a inoculação artificial com patógeno resultou em intensa desfolha precoce, a qual foi parcialmente reduzida utilizando-se os produtos concentrados de Bacillus spp. na dose de 500 μg/ml. O produto concentrado do isolado UCBB 48 de B. velezensis, testado de forma pura e formulada, se mostrou capaz de reduzir a severidade das doenças foliares na cultura da soja em campo quando aplicado de forma preventiva, tendo efeito estatisticamente similar ao do fungicida multissítio mancozebe e do biofungicida Bio Imune. Desta forma, demonstramos a utilidade de um fungicida bioquímico contendo doses conhecidas de concentrado ativo, composto por metabólitos e não pelas bactérias produtoras, na proteção satisfatória das plantas de soja contra doenças foliares, similar àquela dada pelos produtos comerciais utilizados em comparação, o que pode representar uma nova estratégia de proteção de plantas. Palavras-chave: Metabólitos. Lipopeptídeos. Fungicida bioquímico. Dose.