Antracnose do eucalipto: etiologia e fatores relacionados à infecção do patógeno

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Rodrigues, Ana Lúcia
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/6246
Resumo: Entre os fatores que prejudicam a produtividade do eucalipto destacam-se as doenças. A antracnose do eucalipto é uma doença que ocorre em viveiros, jardim clonal e em plantações nos estádios fenológicos A e B. Os objetivos deste trabalho foram identificar 3 isolados monospóricos oriundos de mudas de eucalipto com sintoma de antracnose, com base em características morfológicas, moleculares e teste de patogenicidade; avaliar a influência da superfície foliar, luminosidade e idade da folha no desenvolvimento de estruturas infectivas (germinação e apressórios) do patógeno e no desenvolvimento da antracnose e avaliar a suscetibilidade de diferentes clones de eucalipto a antracnose. As estruturas fúngicas oriundas dos isolados apresentaram características típicas do complexo Colletotrichum gloeosporioides. Para caracterização molecular, sequências de DNA foram geradas para região ITS 1 e 2, incluindo o gene 5.8S rRNA, β-tubulina e glyceraldehydo-3-phosphato desidrogenase (GAPDH). Os isolados foram identificados como pertencentes à espécie C. theobromicola (Ct) e a patogenicidade confirmado por meio de postulados de Koch. Para avaliação da influência da superfície foliar (adaxial ou abaxial) e luminosidade (luz ou escuro) no desenvolvimento de estruturas infectivas de Ct, folhas destacadas do clone CPC 006 (Eucalyptus grandis x E. urophylla) foram inoculadas e incubadas em temperatura de 25oC. Posteriormente, fragmentos foliares do clone CPC 006 foram coletados, clareados em álcool e cloral hidratado, corados em azul de toluidina (1%) e avaliados quanto à porcentagem de germinação e de formação de apressório em microscópio de luz. A avaliação da severidade foi realizada por meio do programa Quant. As maiores porcentagens de germinação foram observadas na face adaxial, sob luz constante. Para formação de apressórios não houve influência da luminosidade e da superfície foliar. Em relação ao desenvolvimento da antracnose, a severidade foi maior quando a superfície adaxial (43,6%) foi inoculada em relação à inoculação na abaxial (26,7%), independentemente da luminosidade. Para avaliar o efeito da idade da folha no desenvolvimento de estruturas infectivas de Ct e da severidade da antracnose, utilizaram-se folhas do clone CPC 006, coletadas dos terço inferior, médio e superior do quarto e quinto ramo, no sentido base-ápice. Observaram-se máxima taxa de germinação de conídios de Ct sobre folhas dos terços médio e superior a partir de 12 h.a.i.. Não houve efeito da idade da folha no desenvolvimento de apressórios. A severidade da antracnose não foi influenciada pela idade da folha do eucalipto. Diferentes genótipos (clones) de eucalipto foram inoculados com Ct e avaliados quanto à suscetibilidade. Os clones apresentaram uma reação diferencial em relação ao patógeno. Os clones CPC 10, CPC 16 e CPC 20 não apresentaram lesões.