Níveis de proteína bruta e suplementação de aminoácidos em rações para leitoas mantidas em diferentes ambientes térmicos dos 30 aos 100 kg

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2003
Autor(a) principal: Orlando, Uislei Antonio Dias
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/11197
Resumo: Foram utilizadas 170 leitoas em quatro experimentos para avaliar os níveis de proteína bruta (PB) com suplementação de aminoácidos em rações para leitoas mestiças, mantidas em diferentes temperaturas ambientais. No primeiro experimento, foram utilizados 50 animais mantidos em termoneutralidade (20,3oC), dos 30,1 aos 60,3 kg, em delineamento experimental inteiramente ao acaso, com cinco tratamentos (19, 18, 17, 16 e 15% de PB, com suplementação de aminoácidos para manter a mesma qualidade protéica), cinco repetições e dois animais por unidade experimental. Observou-se efeito da redução do nível de PB sobre o ganho de peso diário (GPD) e conversão alimentar (CA), porém os tratamentos não influenciaram os consumos de ração (CRD), de lisina (CLD) e de energia digestível (CED) diários. A deposição de proteína na carcaça (DP) foi influenciada pelos tratamentos. O consumo de nitrogênio (CN) reduziu e a eficiência de utilização de nitrogênio para ganho (EUNG) aumentou, conforme se reduziu o nível de PB. Os tratamentos não influenciaram os pesos absoluto e relativo dos órgãos avaliados. No segundo experimento, 50 leitoas foram mantidas em ambiente com alta temperatura (30,4oC), dos 30,2 aos 60,1 kg, recebendo tratamentos e distribuídos em delineamento experimental iguais aos do primeiro experimento. Não se observou efeito dos tratamentos sobre o GPD, o CRD, a CA, o CLD e o CED. O nível de PB da ração influenciou o CN e a EUNG, bem como a DP. Os tratamentos não influenciaram os pesos absoluto e relativo dos órgãos avaliados. No terceiro experimento, 35 fêmeas suínas foram mantidas em ambiente de termoneutralidade (20,2oC), dos 60,5 aos 100,6 kg, distribuídas em delineamento experimental inteiramente ao acaso, com cinco tratamentos (17,3; 16,0; 14,7; 13,4 e 12,1% de PB, com suplementação de aminoácidos para manter a mesma qualidade protéica), sete repetições e um animal por unidade experimental. O nível de PB não influenciou o GPD, o CRD, a CA, o CLD e o CED. Observou-se efeito dos tratamentos sobre o CN e a EUNG, sem alteração dos comprimentos da carcaça, da área de olho de lombo (AOL); das espessuras de toucinho (ETUL), e da espessura de toucinho a 6,5 cm da linha dorso-lombar (ETP 2 ); dos rendimentos da carcaça (RC), de carne magra (RCM), de gordura (RG) e de pernil (RP). Os animais que receberam o nível de 16,0% de PB apresentaram maiores pesos (absoluto e relativo) de fígado. No quarto experimento, foram utilizadas 35 leitoas mantidas em ambiente de alta temperatura (30,4oC), dos 60,3 aos 100,3 kg, distribuídas em tratamentos e delineamento experimentais iguais aos do terceiro experimento. O nível de PB da ração não influenciou o GPD, o CRD, a CA, o CLD e o CED. Entretanto, observou-se efeito dos tratamentos sobre o CN e na EUNG, sem alteração dos comprimentos da carcaça, da AOL, da ETUL, da ETP 2 , do RC, do RCM, do RG e do RP. Os animais que receberam ração com maior nível de PB apresentaram maiores pesos (absoluto e relativo) de intestino. Conclui-se que os níveis de PB das rações à base de milho e farelo de soja, para leitoas mestiças dos 30 aos 60 kg e dos 60 aos 100 kg, podem ser reduzidos, respectivamente, em quatro (19 para 15%) e cinco (17,3 para 12,1%) unidades percentuais, sem comprometimento do desempenho, independentemente do ambiente térmico, desde que as rações sejam suplementadas com os aminoácidos limitantes para atender ao padrão destes na relação da proteína ideal.