Efeitos da suplementação de altos níveis dietéticos de cobre e zinco no desempenho de leitões

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1996
Autor(a) principal: Pereira Mamani, Nelson Juan
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11139/tde-20191218-150405/
Resumo: O presente estudo teve por objetivo avaliar combinações de altos níveis suplementares de cobre e zinco na ração como promotores do crescimento de leitões recém-desmamados. Foram utilizados 95 animais com 6,7± 1,3 kg para testar 5 tratamentos: controle; 200 ppm Cu; 2.500 ppm Zn; 200 ppm Cu + 2.500 ppm Zn e 100 ppm Cu + 1.250 ppm Zn, na forma de sulfato de cobre e óxido de zinco. Estes microminerais foram incorporados a uma ração basal com 18,89% PB; 1,07% lisina e 3.329 kcal EM/kg., constituída de milho, farelo de soja, soro de leite, leite em pó, açúcar, óleo e suplementos minerais e vitamínicos. Durante todo o período experimental (28 dias), a ração e a água foram fornecidas à vontade. As pesagens individuais dos leitões e a coleta dos dados de consumo de ração/parcela foram semanais. No final do experimento, após um período de 5 horas de jejum, foram coletadas amostras de sangue dos leitões para a respectiva determinação dos componentes sanguíneos e plasmáticos. O delineamento experimental utilizado foi o de blocos casualizados incompletos, utilizando um esquema fatorial 3x3 incompleto, com 6 repetições/tratamento e com 3 ou 4 animais/unidade experimental. Houve interações Cu x Zn significativas para o ganho diário médio de peso (GDP) nas semanas 1 e 2 (P<0,0001) e para o consumo diário médio de ração (COR) nas semanas 1 e 2 (P<0,0002) e semanas 1 a 4 (P<0,01), sendo que 2.500 ppm de Zn na ausência de Cu suplementar promoveu aumentos significativos nas variáveis citadas. O Zn suplementar na presença de 200 ppm Cu, por um lado, não afetou (P>0,05) o GDP e o CDR em ambos os períodos, por outro lado, provocou efeitos depressivos na proteína total (P<0,0006) , albumina (P<0,0001) e relação albumina/globulina (P<0,0009). A presença de 200 ppm de Cu na dieta, também mostrou efeitos depressivos nas concentrações de hematócrito (P<0,0009), e hemoglobina (P<0,0001) independentemente do nível de Zn suplementar. Portanto, a adição de um alto nível de Cu na ração, pode ser indicativo de um possível efeito tóxico nos animais. Na conversão alimentar média (CA), a presença de 2.500 ppm de Zn na dieta melhorou (P<0,004) nas primeiras 2 semanas, independentemente do nível de Cu suplementar. Ficou evidenciado que a suplementação de 2.500 ppm Zn na ração demonstrou ser um eficiente promotor do crescimento de leitões na fase de creche, tanto nas semanas 1 e 2 como nas semanas 1 a 4. De modo geral, ficou também constatado, que a combinação intermediária 100 ppm Cu + 1.250 ppm Zn, foi o segundo melhor tratamento em ambos os períodos.