Determinações das curvas de secagem e das isotermas de equilíbrio higroscópico para uma mistura de milho nas espigas (Zea mays l.) dos cultivares AG 1051 e AG 122

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2003
Autor(a) principal: Fonseca Palacin, Juan José
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/9594
Resumo: O estabelecimento das isotermas de equilíbrio higroscópico é importante para definir limites de desidratação do produto, estimar as mudanças de umidade sob determinada condição de temperatura e umidade relativa do ar ambiente e para definir os valores de umidade propícios ao início da atividade dos agentes patógenos que poderão provocar a deterioração do produto. Assim, desenvolveu-se este trabalho objetivando o estabelecimento das isotermas de equilíbrio higroscópico de milho nas espiga, das variedades AG 1051 e AG 112, e das curvas de secagem em camada fina, das mesmas variedades, na faixa de temperatura entre 37 a 55 o C. Além disso, ajustou-se um modelo matemático que possibilitou estimar a umidade de equilíbrio de sementes de milho nas espigas, estudou-se as curvas de secagem de sementes de milho nas espigas obtidas em camadas delgadas, analisando as isotermas de dessorção, oferecendo, assim, informações sobre o seu comportamento, em ambiente controlado, fornecendo subsídios a pesquisadores, industriais, produtores e extensionistas que pesquisam sobre os problemas de secagem e armazenamento do milho nesta condição. Para se alcançar esses objetivos foram determinadas as isotermas de dessorção e as curvas de secagem. Os tratamentos foram realizados utilizando-se uma unidade condicionadora de ar (AMINCO-AIR), dotada de dispositivos para o controle da temperatura e umidade relativa e de um sistema de acondicionamento de espigas, composto por três bandejas removíveis com fundo telado, para permitir a passagem do ar por entre a massa de produto. As espigas foram acondicionadas em bandejas com fundo de telas perfuradas, e sua massa individual foi medida em balança digital com capacidade de 10.000 g, com precisão de 0,1 g. O fwas measured in digitalmonitoramento da massa foi feito com intervalos regulares de 4 horas, até atingir a umidade de equilíbrio. O fluxo de ar do sistema foi calculado a partir da medida da velocidade do ar feita com anemômetro de lâminas rotativas. O fluxo foi mantido constante para todos os tratamentos em, aproximadamente, 10 m 3 .min -1 .m -2 . As temperaturas de bulbo seco e bulbo úmido do ar de secagem foram medidas e monitoradas utilizando-se um psicrômetro, instalado no interior da câmara próximo às bandejas contendo as amostras do produto. A umidade relativa do ar foi calculada por meio de um programa computacional (GRAPSI) desenvolvido a partir de equações psicrométricas. Para obter-se as curvas de secagem, utilizou-se grãos de milho nas espigas, com umidade inicial de 25 ± 1,0 % b.u. Para os testes experimentais, utilizou-se um secador de camada delgada, que possui uma câmara de secagem com seção circular de 0,53 m de diâmetro e 0,63 m de altura, com o fundo telado. As espigas foram acondicionadas em uma bandeja com seção retangular. O sistema de aquecimento do ar era composto por três resistências elétricas e um regulador de voltagem para ajuste da temperatura. Usou-se um ventilador tubo-axial, dotado de diafragma, para regular a vazão de ar, acionado por um motor elétrico de 186,5 W (0,25 HP). O secador foi instrumentado para coleta de dados de temperatura e pressão estática. A massa inicial das amostras variou entre 400 e 500 g. Durante os testes, as amostras foram pesadas com intervalos de tempo pré-estabelecidos, definidos em testes preliminares. As umidades inicial e final do produto foram medidas pelo método de estufa com circulação natural de ar, à temperatura de 105 ± 3 oC, durante 24, 48 e 72 horas. Realizaram-se testes com ar aquecido às temperaturas de 37oC e 55 oC e fluxo de ar de 25 m3min-1m-2 para espessura de camada de 0,1 m. De acordo com os resultados observados, pôde-se concluir que: a) O modelo matemático de SHARAF ELDEEN, ajustado pela utilização das equações de regressão não-linear, pode ser utilizado para predizer os valores de umidade de equilíbrio higroscópico e para a elaboração das curvas de secagem de grãos de milho nas espigas; b) a umidade de equilíbrio higroscópico de milho nas espigas aumenta com o aumento da umidade relativa e a diminuição da temperatura; c) a taxa de secagem foi influenciada pela temperatura e umidade relativa do ar de secagem, independentemente da variedade do produto.