Como a pressão de predação modula a herbivoria em florestas tropicais úmidas?

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Baía, Ruth de Andrade
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://locus.ufv.br//handle/123456789/31864
https://doi.org/10.47328/ufvbbt.2023.022
Resumo: Os ataques de herbívoros podem estar diretamente ligados ao estágio de desenvolvimento das plantas. Diferentes fatores como controle topo-base, defesas químicas, físicas e biológicas afetam padrões de herbivoria em função do estágio de desenvolvimento das plantas. Sabe-se que na espécie Siparuna guianensis, na Floresta Atlântica, e na espécie Betula pubescens, na Finlândia, houve maior herbivoria em plantas jovens do que em árvores adultas, devido a uma maior pressão de predação sobre herbívoros nas adultas; contudo, ainda não se sabe se esse padrão se mantém para a comunidade vegetal. O objetivo deste trabalho foi o de investigar se a herbivoria é maior em plantas jovens do que em árvores adultas de uma comunidade vegetal de Floresta Atlântica. Testamos as seguintes hipóteses explicativas: (i) há maior defesa física nas árvores adultas do que em plantas jovens e (ii) ocorre uma maior pressão de predação sobre herbívoros por inimigos naturais nas árvores adultas do que em plantas jovens. Para isso, calculamos a incidência de herbivoria em plantas jovens e adultas. Também calculamos a área foliar específica (SLA) para medir os níveis de defesa física das plantas. Utilizamos também lagartas feitas com massinha de modelar para comparar a pressão de predação entre plantas jovens e adultas. Por fim, utilizamos um guarda-chuva entomológico e fitas adesivas (yellow trap) para identificar se há uma maior quantidade de inimigos naturais em árvores adultas. A intensidade de herbivoria e o SLA foram maiores em plantas jovens. Houve uma maior pressão de predação sobre herbívoros por artrópodes nas árvores adultas, apesar de termos encontrado uma maior abundância de inimigos naturais em plantas jovens. Concluímos que o controle topo-base é um dos fatores determinantes de uma maior herbivoria em plantas jovens.