Crescimento e higidez de pacamã (Lophiosilurus alexandri) alimentados com dietas contendo óleo essencial de orégano (Origanum vulgare)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Carneiro, Cristiana Leonor da Silva
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://locus.ufv.br//handle/123456789/28477
Resumo: Com a finalidade de melhorar os índices de desempenho produtivo e a sanidade dos peixes, aditivos como os óleos essenciais podem ser incorporados às dietas. O óleo essencial de orégano (OEO), possui princípios ativos que melhoram os processos de digestão, a utilização de nutrientes e a capacidade antioxidante dos peixes. Este trabalho teve como objetivo avaliar o OEO como promotor de crescimento para o bagre neotropical Lophiosilurus alexandri. Foram avaliadas quatro dietas isoproteicas (350 g kg -1 de proteína bruta) e bioenergéticas (440 kcal kg -1 de energia bruta) contendo 0,0; 1,0; 2,0 e 4,0 g kg -1 de OEO. Juvenis (15,7 ± 1,8 g, 9,5 ± 0,45 cm) foram distribuídos em 16 tanques circulares (80 L) com densidade de cinco peixes por tanque. Ao final de 90 dias, o desempenho produtivo, metabolismo energético, crescimento muscular, histomorfometria intestinal, composição corporal, bioquímica sérica, atividade antioxidante e histomorfometria hepática foram avaliadas por meio de análise de variância uma via (ANOVA) e regressão polinomial, com nível de significância de 5%. Os níveis dietéticos de OEO não interferiram no desempenho produtivo dos peixes. De acordo com a análise polinomial, o nível estimado de 2,08 g kg -1 de OEO leva ao maior nível de glicose sérica nos peixes. As concentrações séricas de colesterol total, triglicerídeos, lipoproteínas de baixa densidade (LDL), lipoproteínas de alta densidade (HDL) e glicogênio muscular não foram afetadas pelos níveis de OEO. De acordo com a análise polinomial, 1,60 g kg -1 de OEO leva à menor concentração de glicogênio hepático. A frequência de fibras musculares de menor diâmetro (< 20 μm) seria maior com o valor estimado de 2,26 g kg -1 de OEO. A frequência de fibras musculares intermediárias (20 – 50) μm diminui linearmente com o aumento dos níveis de OEO na dieta. Peixes alimentados com diferentes níveis dietéticos de OEO apresentaram a mesma frequência de fibras musculares de maior diâmetro (> 50 μm). Esses resultados indicam que estes peixes estavam em crescimento por hiperplasia. A altura, a largura, e a área de superfície de absorção das vilosidades intestinais não foram afetadas pelos níveis de OEO. A composição corporal total não foi afetada pelos níveis dietéticos de OEO. O OEO não alterou as concentrações séricas de aspartato aminotransferase (AST), alanina aminotranseferase (ALT), proteína total, ureia e creatinina. O nível estimado de 1,28 g kg -1 de OEO levou à maior concentração sérica de gama-glutamil transferase (GGT) nos peixes. Não houve efeito do OEO sobre a atividade das enzimas catalase (CAT), superóxido- dismutase (SOD) e do produto malondealdeído (MDA) no fígado dos peixes. O nível estimado de 0,87 g kg -1 de OEO levou à maior atividade da glutationa-S-tranferase (GST) no tecido hepático. Nas brânquias não houve efeito do OEO sobre a atividade da SOD e GST. No entanto, o nível estimado de 2,5 g kg -1 levou a menor atividade da CAT e o de 2,0 g kg -1 à maior concentração de MDA nas brânquias dos peixes. Não houveram efeitos dos diferentes níveis de OEO sobre a histomorfometria hepática dos peixes. Nossos resultados indicam que o OEO é um bom aditivo para o bagre neotropical Lophiosilurus alexandri, pois atua no crescimento muscular e na melhoria da capacidade antioxidante dos peixes.