Uso do óleo essencial de Ocimum gratissimum l durante anestesia e transporte do pacamã Lophiosilurus alexandri: hematologia, bioquímica e estresse oxidativo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Tulio Pacheco Boaventura
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Minas Gerais
Brasil
VET - DEPARTAMENTO DE ZOOTECNIA
Programa de Pós-Graduação em Zootecnia
UFMG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/1843/46127
https://orcid.org/ 0000-0002-6143-5417
Resumo: Anestésicos vêm sendo amplamente utilizados na aquacultura. Entretanto, seu uso também pode induzir algumas respostas indesejáveis que devem ser verificadas antes de ser utilizado em determinada espécie. Nesse estudo foi verificado o uso do óleo essencial de Ocimum gratissimum (OEOG) como anestésico durante o manejo e transporte para juvenis de Lophiosilurus alexandri durante o manejo e transporte. Para isso, foram realizados três experimentos. No primeiro foi avaliado os intervalos de indução e recuperação do L. alexandri submetidos a diferentes concentrações do OEOG. No experimento 2, foi verificado o efeito das concentrações de: 0, 10 e 90 mg/L do OEOG sobre os parâmetros sanguíneos e os danos teciduais durante a indução e 1 hora após a recuperação. Já, no experimento 3, foram utilizadas as concentrações de 0, 5 e 10 mg/L do OEOG durante o transporte do L. alexandri e avaliados os parâmetros de qualidade da água, sanguíneos e danos teciduais. No experimento 1, o aumento da concentração do OEOG proporcionou menor tempo para indução e maior para a recuperação. Os animais anestesiados com 90 e 150 mg/L do OEOG apresentaram tempo de indução e recuperação dentro dos intervalos recomendados pela literatura. No experimento 2, foi observado que o uso de 90 mg/L do OEOG evitou níveis mais elevados de glicose e cortisol plasmático 1 hora após o manejo. Entretanto, após a indução e uma hora após a recuperação, os animais anestesiados com 90 mg/L do OEOG apresentaram concentrações mais elevadas de espécies reativas de oxigênio (EROS) no fígado e no cérebro. Os juvenis anestesiados com 10 mg/L do OEOG só apresentaram o aumento das EROS hepática 1 hora após a recuperação da anestesia. Entretanto, houve resposta do sistema de defesa antioxidante, sendo observado aumento da enzima glutatioana S-transferase cerebral e hepática. No experimento 3 foi verificado que a adição do OEOG na água reduziu o metabolismo dos juvenis, garantindo maiores concentrações de oxigênio dissolvido e menores níveis de amônia na água após o transporte. Os juvenis transportados com 10 mg/L de OEOG, também apresentaram batimentos operculares reduzidos, menores níveis de hemoglobina, aspartato aminotransferase e glicose. Em relação aos parâmetros de estresse oxidativo, o uso de 10 mg/L de OEOG reduziu os níveis de oxidação lipídica e proteica nos tecidos, evitando a formação de hidroperóxido lipídico e proteína carbonila. Conclui-se que OEOG é um bom anestésico para ser utilizado durante o manejo e o transporte do L. alexandri. O uso do OEOG durante o manejo e o transporte do L. alexandri evita o aumento dos níveis de glicose e cortisol plasmático sem causar danos teciduais e grandes influencias nos demais parâmetros sanguíneos. Portanto, recomendamos o uso de 90 mg/L do OEOG para o manejo de biometria e de 10 mg/L do OEOG para o transporte de juvenis de L. alexandri.