Produtividade e disponibilidade de nutrientes influenciadas pela calagem, adubação NPK e intervalos de colheita em erva-mate
Ano de defesa: | 2013 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
BR Fertilidade do solo e nutrição de plantas; Gênese, Morfologia e Classificação, Mineralogia, Química, Doutorado em Solos e Nutrição de Plantas UFV |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://locus.ufv.br/handle/123456789/1637 |
Resumo: | Cultura típica da América do Sul, a erva-mate (Ilex paraguariensis St. Hil.), apesar da histórica importância política, socioeconômica e cultural para a região Sul do Brasil, tecnologicamente tem apresentado pouca evolução. O extrativismo, ainda muito presente no sistema de cultivo, privilegia produção baseada na capacidade natural do solo em nutrir as plantas, modelo que tem contribuído para decréscimos expressivos da produtividade brasileira de erva-mate nas últimas décadas. Neste contexto, o trabalho objetivou avaliar a resposta da erva-mate e a disponibilidade de nutrientes no solo em cultivos manejados com diferentes intervalos de colheita e submetidos à calagem e adubação NPK. Para isto, instalaram-se seis experimentos em plantios em fase de produção, no espaçamento 2 x 2 m. Destes, três com calagem, sendo em São Mateus do Sul (SMS), Prudentópolis (Prud) PR e Anta Gorda (AG) RS, testando-se cinco doses de calcário dolomítico, correspondentes a 0,0,0,3, 0,6, 0,9 e 1,2 vezes da necessidade de calagem para atingir 100 % da saturação por bases. Em razão da aplicação superficial do calcário, utilizou-se 50 % das doses calculadas. Em SMS foram conduzidos outros três experimentos com doses crescentes (0, 20, 40, 80, 160, 320 kg ha-1) de N, P2O5 e K2O, e intervalos de colheitas de 12, 18 e 24 meses. Nos experimentos com calagem, após 18 meses, avaliou-se o pH e o teor de Al, Ca e Mg trocável no solo nas profundidades de 0-5, 5-10 e 10-20 cm. Nos experimentos com N, P e K avaliou-se a fertilidade do solo nas profundidades de 0-10, 10-20 e 20-40 cm. No experimento de N, avaliou-se teor de N e carbono orgânico (CO) nas formas lábil (NL e COL) e total (NT e COT). Nos experimentos de P e K analisou-se o solo para o nutriente em estudo. Em todos os experimentos quantificou-se a produtividade de matéria verde de folha (FO), galho fino (GF) e de erva-mate comercial (COM= FO+GF). Nos experimentos com calagem determinou-se o teor total de Ca, Mg e Al em FO e GF e, nos demais, o nutriente em estudo na FO, GF, galho grosso (GG) e na COM e calculados seus respectivos conteúdos. A calagem proporcionou ganhos de produção entre 21 a 27 %, quando o Ca e Mg estavam disponíveis, respectivamente, entre 5,0-6,0 e 2,5-3,5 cmolc dm-3 na camada superficial do solo. Solos com disponibilidade natural de Ca em nível alto podem fornecer produto mais rico em Ca e mais pobre em Al. A erva-mate respondeu positivamente ao N, P e K, com aumento da produção de todos os componentes avaliados. A resposta à adubação e a exigência nutricional da planta, de cada nutriente testado, aumentam à medida que aumenta o intervalo de colheita, justificando a reposição de nutrientes por meio de adubações. Intervalos de colheita de 12 meses não permitem a plena recuperação da planta, mesmo quando esta está bem nutrida, em razão da remoção da copa. Intervalos entre colheitas de 18 e 24 meses proporcionam ervais mais produtivos e mais eficientes no uso de nutrientes. |