Variabilidade genética, ação do paclobutrazol e do etileno na arquitetura da planta e na longevidade de Capsicum spp. e Solanum pseudocapsicum

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Nascimento, Mayana Ferreira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/20099
Resumo: O gênero Capsicum apresenta ampla variabilidade genética. Muitas variedades de pimenta apresentam potencial ornamental, porém altura excessiva para cultivo em vasos, conforme exigência do mercado. Além da necessidade de variedades com altura adequada, algumas espécies de pimenta apresentam baixa durabilidade na fase de pós- produção, principalmente devido a exposição ao etileno. Assim, o objetivo do trabalho foi estimar a variabilidade genética entre cultivares de pimenta via componentes principais com posterior análise de agrupamento; determinar o efeito do paclobutrazo l (PBZ) sobre as características agronômicas e morfológicas; e avaliar a sensibilidade ao etileno durante a vida pós-produção em pimentas de vaso tratadas com PBZ nas concentrações 5, 10 e 20 mg L -1 . O delineamento experimental utilizado foi inteirame nte casualizado. Doze cultivares foram primeiramente avaliadas quanto a nove características morfoagronômicas. A aplicação do PBZ foi realizada em quatro genótipos, organizando- se em esquema fatorial 4 x 4, com quatro cultivares e quatro doses de PBZ (0, 5, 10 e 20 mg L -1 ). A sensibilidade ao etileno foi organizada em esquema fatorial 11 x 4, com onze cultivares e quatro doses de PBZ. As plantas foram colocadas em câmaras fechadas e expostas à concentração de 10 μL L -1 de etileno por 48 horas. Foi realizada a contagem do número de folhas e frutos no tempo zero, 48, 96 e 144 horas após exposição ao etileno. A análise de componentes principais foi eficiente e mostrou que os dois primeiros componentes principais acumularam 70% da variância total. O método de agrupamento de UPGMA resultou na formação de cinco grupos distintos, indicando a existência de variabilidade genética entre os cultivares e mostrando que os cultivares tem potencial para serem utilizados em programas de melhoramento de pimenteiras com fins ornamenta is. Houve efeito significativo das doses de PBZ em todas as características avaliadas. A dose de 5 mg L -1 foi a mais efetiva na redução da altura da planta para o cultivar Peloteira (S. pseudocapsicum), enquanto que as doses 5, 10 e 20 mg L -1 foram melhores para Pérola Negra (C. annuum) e Rocoto Vermelha (C. pubescens) e 10 e 20 mg L -1 para Malagueta (C. frutescens). Os resultados mostraram que as espécies de pimenta respondem de forma diferente à ação do BPZ dependendo da morfologia das plantas. Nas plantas controle, o cultivar Peloteira apresentou maior resistência ao etileno, com abscisão foliar de 19% após 144 horas de exposição ao etileno. Os cultivares Peloteira, Jalapeño, Stromboli ornamental, Malagueta e Rocoto vermelha apresentaram menor porcentagem de abscisão de frutos, variando entre 9 e 36% 144 horas após exposição ao etileno. O uso de PBZ não impediu completamente os efeitos deletérios do etileno nas plantas. Porém, o cultivar Pérola Negra apresentou sensibilidade moderada, quando comparadas com as plantas controle, para abscisão de folhas e frutos nas doses 5, 10 e 20 mg L -1 de PBZ. O PBZ impediu de forma moderada, quando comparadas as plantas controle, a abscisão de frutos da pimenta Pirâmide ornamental nas doses 5 e 10 mg L -1 , e da pimenta Tabasco na concentração 10 mg L -1 .