Comportamento das espécies Leptodactylus latrans e Leptodactylus labyrinthicus em habitat e cativeiro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Marques, Bruno Geovany Sacco Pinto
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://locus.ufv.br//handle/123456789/28289
Resumo: As espécies Leptodactylus latrans (rã-manteiga) e Leptodactylus labyrinthicus (rã pimenta) são nativas do Estado de Minas Gerais e as suas populações vêm decrescendo na microrregião de Viçosa. Assim, faz-se necessário estudos comportamentais dessas populações, indispensáveis para embasar futuras práticas de conservação dessas espécies. O presente estudo foi efetuado durante o período de setembro de 2016 a março de 2018, com o objetivo de analisar o comportamento das espécies Leptodactylus latrans e Leptodactylus labyrinthicus em seus habitats, nas zonas urbanas e rurais de Viçosa-MG e cidades circunvizinhas, bem como também em cativeiro. Foram realizadas excursões ao campo para coleta dos espécimes de rã-pimenta, de setembro de 2016 a dezembro de 2017, e de rã-manteiga, em março de 2017, quando foi feita a caracterização do ambiente natural, a identificação das espécies e a captura dos animais. Foi também efetuado o deslocamento dos espécimes para o laboratório do Ranário Experimental da UFV e realizadas as biometrias e a marcação dos animais, com os girinos alojados nas caixas de água, e os imagos, juvenis e adultos, nas baias. No manejo diário dos girinos nas caixas de água na estufa, ocorria a medida da temperatura da água, e a troca parcial seguida da renovação da água e o arraçoamento. No manejo realizado nas baias era feita a retirada do excesso de alimento, a medida da temperatura do piso, bem como a troca total da água e a oferta de ração para os animais imagos e juvenis. As rãs que foram criadas em cativeiro apresentaram melhor adaptação ao ambiente da baia, bem como ao condicionamento alimentar, e os imagos de rãs-manteiga mostraram comportamento de escalada da parede e distribuição no entorno do recipiente da ração, revelando o condicionamento alimentar adquirido. As rãs capturadas em campo não se adaptaram ao arraçoamento; assim, foi oferecido fígado de frango, por meio da técnica de indução alimentar, para as rãs-pimenta e moela de frango para as rãs-manteiga. Com base nos resultados, a criação das rãs nativas, pimenta e manteiga, comprovou ser viável em cativeiro a partir da fase inicial de desenvolvimento, sendo possível usar ranários convencionais como uma proposta de conservação dessas espécies.