Acacieae Benth. (Leguminosae Mimosoideae) em Minas Gerais, Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Santos, Vanessa Terra dos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
BR
Botânica estrutural; Ecologia e Sistemática
Mestrado em Botânica
UFV
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://locus.ufv.br/handle/123456789/2522
Resumo: Acacieae Benth. está composta por um único gênero, Acacia Miller, que faz parte de Leguminosae, a terceira maior família das angiospermas. Apresenta mais de 1450 espécies, distribuídas através de regiões tropicais e temperadas de todo o mundo. São reconhecidas por serem lianas, árvores ou arbustos; as folhas são bipinadas; a inflorescência axilar, espiciforme ou capitada; flores hermafroditas, usualmente 4-5- meras, brancas ou amarelas; estames de 15-150 por flor, livres desde a base; os frutos são do tipo legume, papiráceos, coriáceos ou lenhosos; as sementes possuem pleurograma. Neste trabalho são apresentados a diversidade e os padrões de distribuição geográfica das espécies do gênero Acacia no estado de Minas Gerais. Os estudos foram baseados na análise de cerca de 800 espécimes de 21 herbários, observações de campo e coleta de material botânico em 27 Unidades de Conservação de Minas Gerais. São fornecidas descrições, ilustrações, chave de identificação, nomes populares, distribuição geográfica, padrões de distribuição e dados sobre a floração e frutificação destas espécies. Foram reconhecidas 17 táxons dos quais somente Acacia farnesiana (L.) Willd. é introduzida, ocorrendo espontaneamente no estado e, sendo também, a única espécie pertencente ao subgênero Acacia, já que as demais pertencem ao subgênero Aculeiferum. Acacia velutina DC. tem aqui sua primeira citação de ocorrência para Minas Gerais. As espécies distribuem-se nos três biomas existentes no estado: Floresta Atlântica, Cerrado e Caatinga. Acacia farnesiana, A. martiusiana, A. polyphylla e A. tenuifolia ocorreram nos três biomas. As espécies encontradas exclusivamente na Floresta Atlântica foram A. grandistipula, A. lacerans, A. pteridifolia A. polyphylla var. giganticarpa e A. serra. As espécies exclusivas da Caatinga foram A. bahiensis e A. limae. Acacia martii e A. velutina foram exclusivas do Cerrado. Foram definidos oito padrões de distribuição geográfica para estas espécies: Ampla distribuição (5,88%), Neotropical (17,65%), América do Sul ocidental-centro-oriental (29.41%), Brasil Oriental Nordeste-Sudeste-Sul (5,88%), Brasil Atlântico Sudeste-Nordeste (23.53%), Brasil Atlântico Sudeste-Sul (5,88%), Endêmico Sudeste (5,88%), Endêmico Minas Gerais (5,88%). Acacia lacerans, A. lewisii, A. martii, A. polyphylla var. giganticarpa, A. pteridifolia, A. serra e A. velutina estão sendo indicadas para a lista de espécies ameaçadas de extinção em Minas Gerais, na categoria criticamente em perigo. Acacia bahiensis é também indicada para a lista, na categoria em perigo, e A. limae e A. monacantha indicadas na categoria vulnerável. As espécies de Acacia de Minas Gerais possuem diversos usos, sendo que a utilização como plantas medicinais e o uso da madeira na construção civil e fornecimento de lenha e carvão são os mais freqüentemente citados na literatura. Tais dados demonstram a necessidade da criação de novas unidades de conservação e a implementação de programas de conservação em áreas não protegidas.