Leguminosae adans. nas florestas estacionais do Parque Estadual do Itacolomi, Minas Gerais, Brasil: taxonomia, preferência por habitat, distribuição geográfica e similaridade florística
Ano de defesa: | 2006 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
BR Botânica estrutural; Ecologia e Sistemática Mestrado em Botânica UFV |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://locus.ufv.br/handle/123456789/2484 |
Resumo: | Este trabalho tem como objetivos realizar o estudo taxonômico da família Leguminosae nas florestas estacionais do Parque Estadual do Itacolomi (PEI), verificar a preferência por habitat, os padrões de distribuição geográfica das espécies amostradas e similaridade florística entre diferentes áreas florestais. As coletas foram mensais no período compreendido entre setembro/2004 e novembro/2005. A área de estudo compreendeu oito trilhas: Alcan, estrada de Baixo, Forno, estrada da Torre, Baú, Custódio, Belém e Cibrão. Após as coletas, os espécimes foram herborizados, incluídos no acervo do Herbário VIC e as duplicatas foram enviadas ao Herbário OUPR. A identificação dos táxons foi realizada mediante literatura específica, visita a herbários e consulta a especialistas. O estudo taxonômico reuniu 65 táxons específicos e infra-específicos, subordinados a 34 gêneros, os quais distribuem-se entre as três subfamílias, destacando-se Papilionoideae como a de maior riqueza, tanto em número de gêneros (20) quanto de espécies (30). Os gêneros mais representativos foram Inga (8 spp.), Machaerium (6 spp.), Dalbergia (5 spp.) e Senna (5 spp.). São fornecidas chaves de identificação, descrições, ilustrações e comentários sobre fenologia, taxonomia e distribuição geográfica dos táxons. Ormosia friburgensis e Sclerolobium friburgense tiveram sua área de distribuição ampliada para o estado de Minas Gerais. A maioria das espécies estudadas (69,2%) ocorre em floresta estacional submontana, mostrando a preferência das Leguminosae por faixas altitudinais mais baixas. Com relação à preferência por habitat, 73,8% foram considerados elementos florísticos generalistas e 26,2% especialistas ao domínio florestal atlântico. Entre os 65 táxons foram reconhecidos oito padrões de distribuição geográfica: Anfiatlântico (2 spp.), Neotropical (9 spp.), América do Sul Ocidental-Centro-Oriental (18 spp.), Brasil Centro-Oriental (10 spp.), Brasil Atlântico Nordeste-Sudeste-Sul (7 spp.), Brasil Atlântico Nordeste-Sudeste (7 spp.), Brasil Atlântico Sudeste-Sul (4 spp.), Brasil Atlântico Sudeste (8 spp.). Dentre estes padrões 43% dos táxons foram constatados no padrão atlântico, mostrando que quase metade das espécies encontradas distribui-se na costa atlântica. A flora do PEI mostrou-se mais similar ao Parque Nacional do Itatiaia (RJ), o que pode ser explicado pela localização destas áreas no maciço da Mantiqueira e por fatores abióticos como gradiente altitudinal e pluviosidade. |