Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
Silva, Aline Elizabeth da |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/15033
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Resumo: |
As atividades educativas implementadas no pré-natal, devem contemplar a discussão e esclarecimento de questões únicas para cada gestante. O Modelo Transteórico proposto por Prochaska e Diclemente, na década de 80, permite o desenvolvimento e implementação de intervenções individualizadas e mais compatíveis com as necessidades específicas de cada mulher. Objetivou-se avaliar o efeito de intervenções educativas direcionadas aos construtos do Modelo Transteórico no comportamento da mulher frente à amamentação, e nas taxas de aleitamento materno exclusivo. Foi conduzido um estudo de intervenção não controlado em que 233 mulheres cadastradas em unidades do sistema público de saúde de Viçosa, Minas Gerais, foram distribuídas em dois grupos, intervenção e comparação. O estudo foi conduzido entre junho de 2013 e setembro de 2014 e ocorreu em três fases. Na fase pré-intervenção foi aplicado um questionário traduzido e adaptado transculturalmente que contemplava três construtos do Modelo Transteórico, a saber: estágios de mudança de comportamento; processos de mudança de comportamento; e equilíbrio de decisão. Foram coletados, também, dados socioeconômicos, demográficos, obstétricos e quanto à experiência anterior em aleitamento materno. Na segunda fase, as mulheres do grupo intervenção foram submetidas a intervenções educativas baseadas em três construtos do Modelo Transteórico. Os temas trabalhados nos encontros mensais foram definidos conforme a identificação do estágio de mudança apresentado pela gestante, dos processos de mudança utilizados e o equilíbrio de decisão. Para implementar as intervenções foi elaborado um álbum seriado. Como material de apoio foram incluídos um boneco de pano, um modelo de mamas (“mama cobaia”); e folhetos informativos. Em cumprimento à ética na pesquisa, ao final da entrevista na primeira fase do estudo, o grupo comparação recebeu um folheto contemplando aspectos gerais do aleitamento materno. Na fase pós-intervenção, no pós-parto, o questionário contendo os três construtos do Modelo Transteórico foi reaplicado, a fim de verificar mudanças no comportamento materno. Foram coletadas, também, informações sobre amamentação por meio de recordatório 24 horas; além de dados obstétricos e neonatais. O efeito da intervenção foi avaliado pela verificação de mudanças no comportamento materno, ou seja, avaliação dos construtos do Modelo Transteórico (estágios de mudança, processos de mudança e equilíbrio de decisão), antes e após intervenção, e das taxas de aleitamento materno. Das 233 mulheres avaliadas, mais da metade tinham idade entre 20 e 34 anos, mediana de renda per capita acima de 1⁄2 salário mínimo, eram primíparas, 72,0% viviam com o companheiro e 62,0% não trabalhavam fora de casa. Em relação ao grupo comparação, o grupo intervenção apresentou maior frequência de nutrizes classificadas no estágio de manutenção (71,7% versus 68,3%); menor frequência de recaída (15,0% versus 22,5%) e maiores médias dos escores na maioria dos processos de mudança. No entanto, não houve diferenças significativas entre os grupos quanto à classificação dos estágios de mudança, movimento nos estágios de mudança, médias dos escores dos processos de mudança, bem como em relação às taxas de aleitamento exclusivo. No tocante ao equilíbrio de decisão, houve diferença significativa entre os grupos, sendo que o grupo intervenção apresentou escores significativamente menores nos contras: “dar de mamar no peito é fora de moda, cafona” (p=0,021); “eu ficaria envergonhada se alguém me visse dando de mamar no peito” (p=0,047) e “nem me passa pela cabeça que eu sei tudo sobre dar de mamar no peito” (p=0,045). Esse grupo apresentou, de uma maneira geral, médias dos escores de prós maiores do que as médias dos escores de prós do grupo comparação, em especial, naqueles relacionados aos benefícios do aleitamento materno para a mãe, à proteção fornecida pelo leite materno contra doenças e alergias e à superioridade nutricional do leite materno. Entretanto, as diferenças entre os grupos não foram significativas (p>0,05). A intervenção delineada com base na avaliação dos construtos do Modelo Transteórico possibilitou assistir às mulheres de forma individualizada e mostrou efeito positivo na redução da percepção de barreiras à amamentação. |