A vivência materna de amamentação: do planejamento à prática

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Moreira, Patrícia Regina Silva
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://locus.ufv.br//handle/123456789/27476
Resumo: Introdução: A decisão de amamentar deve ser vista como um processo complexo, o qual resultará nas práticas alimentares adotadas pela mãe e nos hábitos e condições de saúde da criança a curto, médio e longo prazo. Por isso, é necessário trabalhar esse período materno com um cuidado especial e particular dentro de cada universo, compreendendo as dificuldades, desejos, intenções, experiências, influências, motivações e condições reais dessas mães para praticarem o aleitamento materno. Objetivo: Estudar a prática e a vivência de amamentação em um grupo de mulheres que manifestaram o desejo de amamentar de forma exclusiva até o sexto mês de vida da criança. Metodologia: Estudo longitudinal, de natureza quanti-qualitativa. Foi estudada a prática de amamentação de 163 mulheres que desejaram amamentar de forma exclusiva até o sexto mês pós-parto, avaliado por meio do constructo Estágios de Mudança de Comportamento. Foram coletados dados sobre o desejo materno de amamentar de forma exclusiva até o sexto mês e dados sobre a prática da alimentação da criança até o sexto mês de vida. Por meio de abordagem qualitativa, foi conduzido um estudo com 25 mães, utilizando a análise de conteúdo, modalidade temática para compreensão da vivência materna do processo de amamentação. Resultados: Das mulheres classificadas no Estágio 5 (Manutenção), ou seja, que afirmaram o desejo de amamentar de forma exclusiva até o sexto mês, apenas 17,9% mantiveram o aleitamento materno exclusivo. Observou-se que as mulheres desejaram amamentar exclusivamente por um tempo que lhes pareceu possível, não refletindo a mesma intenção manifestada no pós- parto, ressaltando a complexidade do ato de amamentar. Conclusão: O desejo materno de amamentar de forma exclusiva não implicou na concretização dessa prática. O tempo de duração do aleitamento depende de fatores interferentes durante o processo, como as dores mamilares e influência da rede social. Conhecer a vivência de amamentação de mulheres pode favorecer intervenções mais oportunas na assistência em amamentação nos serviços de saúde, abordando questões que, de fato, estão presentes na vida da mãe que amamenta.