Perda de matéria seca no armazenamento de milho em diferentes temperaturas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2004
Autor(a) principal: Alves, Wederson Marcos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/9708
Resumo: Em decorrência das perdas qualitativas e quantitativas que ocorrem durante o período de armazenamento de grãos, objetivou-se com este trabalho avaliar a deterioração dos grãos de milho em função da perda de matéria seca, sob diferentes condições de armazenamento e quantificar a perda de matéria seca dos grãos de milho armazenados e infestados ou não com Sitophilus zeamais, em diferentes condições de temperatura do ar ambiente, através da determinação da taxa respiratória pela produção de CO 2 . Para esta avaliação, grãos da variedade BRS 3060, colhidos com teor de umidade em torno de 14,5% b.u. foram infestados ou não com o inseto-praga na proporção de 10 insetos por quilo de produto. Logo em seguida as amostras correspondentes a cada tratamento foram colocadas em câmara do tipo BOD nas temperaturas de 20, 25, 30, 35 e 40 °C. Para a determinação da produção de CO 2 e conseqüente perda de matéria seca, nos intervalos de zero, 30, 45, 60, 90, 120 e 150 dias os grãos de cada tratamento foram distribuídos em frascos de vidro, com volume de 800 mL, e mantidos hermeticamente fechados por 24 h. Após este intervalo, 5 mL de ar intergranular foi removido do interior dos frascos e injetado em um analisador de fluxo bissegmentado com detecção condutimétrica. Através da leitura obtida, da porosidade da massa de grãos, da curva padrão do sistema e da equação dos gases perfeitos foram determinadas a taxa respiratória e a perda de matéria seca dos grãos de milho. Para avaliação da qualidade do milho armazenado utilizou-se o teste de condutividade elétrica da solução que contém os grãos. A análise dos dados e a interpretação dos resultados obtidos nas condições específicas deste trabalho permitiram concluir que: o sistema em uso (analisador em fluxo bissegmentado) forneceu dados que permitiram o acompanhamento da taxa respiratória dos grãos e mostrou ser sensível para tal; a umidade dos grãos e a temperatura de armazenamento influenciam diretamente na taxa respiratória; o tempo máximo que os grãos precisam ficar hermeticamente fechados, para se determinar a produção de CO 2 e conseqüente perda de matéria seca durante o armazenamento, é de 24 h; a taxa respiratória dos grãos na ausência do inseto-praga se manteve discreta ao longo do armazenamento, enquanto que na presença deles aumentou cerca de 10 e 15 vezes em apenas 30 dias para as temperaturas de 25 e 30 °C, respectivamente; as maiores taxas respiratórias foram observadas para os grãos armazenados nas condições em que o inseto-praga melhor se desenvolve, ou seja, para as temperaturas de 20, 25 e 30 °C; as maiores perdas de matéria seca devido a respiração dos grãos foram obtidas também nas condições em que o inseto- praga se desenvolve; pode existir uma relação entre a perda de qualidade e a taxa respiratória dos grãos, pelo fato que nas temperaturas em que os insetos melhor se desenvolveram (25 e 30 o C) é que se obteve as maiores médias de condutividade elétrica e as maiores produções de CO 2 ; a condutividade elétrica da solução que contém os grãos aumenta com o período de armazenamento, com a elevação da temperatura ambiente e com a presença de inseto-praga, demonstrando maior perda de qualidade do produto.