Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Ribeiro, Priscila Vaz de Melo |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://locus.ufv.br//handle/123456789/28241
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Resumo: |
Introdução: O excesso de peso se associa à inflamação, ao estresse oxidativo e à alteração da microbiota intestinal, resultando na manifestação de doenças crônicas. Os resultados de estudos recentes sugerem que os produtos finais de glicação avançada (AGEs) também podem contribuir para a obesogênese. A inclusão na dieta de alimentos capazes de melhorar as concentrações dos marcadores de doenças crônicas nãontrole do excesso de peso. A batata yacon (Smallanthus sonchifolius) é considerada um alimento funcional, por ser fonte natural de frutooligossacarídeos (FOS). No entanto, os efeitos do seu consumo nas concentrações séricas de AGEs, de produtos de glicação precoce (EGPs), do receptor solúvel de AGEs (sRAGE) e na microbiota intestinal ainda não foram avaliados. Objetivos: Verificar como o consumo da farinha de yacon e dieta restrita em calorias afeta as concentrações séricas dos marcadores de glicação e a microbiota intestinal, além de verificar associações dessas variáveis com marcadores antropométricos, cardiometabólicos, de estresse oxidativo, composição corporal e inflamação em adultos com excesso de peso. Métodos: Vinte e seis adultos com excesso de peso foram incluídos neste ensaio clínico randomizado, paralelo, duplo-cego, controlado por placebo, de seis semanas. Os indivíduos foram alocados aleatoriamente no grupo controle (n=13) ou no grupo farinha de yacon (n=13) e consumiram diariamente uma bebida no desjejum, não contendo ou contendo 25 g de farinha de yacon (8,7 g de FOS). Dietas restritas em calorias foram prescritas para ambos os grupos. Marcadores cardiometabólicos, antropométricos, de composição corporal, glicação, estresse oxidativo, inflamação e a microbiota intestinal foram avaliados ao início e ao final do estudo. Resultados: Artigo 1 - As interações AGEs-RAGE podem ativar a via de sinalização fator nuclear kappa e inibir a via PI3K-AKT em adipócitos, favorecendo a manifestação de doenças crônicas. Essa interação pode ser considerada uma nova explicação para a patogênese da obesidade. Artigo 2 - Os AGEs e os EGPs não aumentaram no grupo farinha de yacon. sRAGE diminuiu, independentemente do grupo. Alterações nos marcadores de glicação foram positivamente associadas a alterações na gordura corporal, insulina e HOMA-IR. Artigo 3 - As mudanças nos marcadores de glicação se associaram a mudanças no poder antioxidante de redução do ferro (FRAP), proteína carbonilada, pressão arterial sistólica, triglicerídeos e razão triglicerídeos/HDL-c no grupo yacon. Os EGPs no baseline se associaram negativamente a mudanças na gordura corporal total e ao malondialdeído após consumo da yacon. Artigo 4 - Houve aumento dos gêneros Bifidobacterium, Blautia, Subdoligranulum e Streptococcus após o consumo da yacon e dieta restrita em calorias. No grupo yacon, também observamos uma correlação positiva entre as concentrações de ácidos graxos de cadeia curta e os gêneros Coprococcus e Howardella, além de uma correlação negativa entre os marcadores de glicação versus os gêneros Ruminococcus e Prevotella, respectivamente. Conclusão: O consumo de farinha de yacon e dieta restrita em calorias alterou seletivamente a microbiota intestinal e a avaliação dos marcadores de glicação pode ser uma estratégia útil para monitorar as respostas às intervenções alimentares em indivíduos com excesso de peso. Palavras-chave: Produtos de glicação avançada alimentares. Biomarcadores cardiometabólicos. Estresse oxidativo. Excesso de peso. Frutooligossacarídeos. Microbiota intestinal. Produtos finais de glicação avançada. Receptor solúvel para produtos finais de glicação avançada. Yacon. |