Variação sazonal do fluxo e da concentração de CO2 na região leste da Floresta Amazônica – PA

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2000
Autor(a) principal: Leal, Leila do Socorro Monteiro
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
CO2
Link de acesso: http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/8131
Resumo: Na década de 70, a Floresta Amazônica era considerada o "pulmão" do mundo, em virtude de uma possível maior produção de O2 e consumo de CO2. Já na década de 80, o conceito de “clímax” foi estabelecido, acreditando-se estar a floresta em equilíbrio, isto é, internamente, tudo que era produzido era consumido. Hoje, ao contrário do que se acreditava, experimentos observacionais vêm evidenciando que a floresta está fixando CO2 atmosférico. Atualmente, os pesquisadores que estudam fluxos na Amazônia procuram entender a magnitude dos fluxos de CO 2 e suas variações inter e intra-anuais, assim como entre diferentes localidades da região. Este trabalho vem auxiliar neste assunto, tendo como objetivo analisar as variações diária e sazonal da concentração e dos fluxos de CO 2 acima e dentro do dossel da floresta, bem como a influência dos elementos do clima sobre essas variações na região leste da Amazônia. Os dados utilizados no presente trabalho são provenientes do Projeto ECOBIOMA, desenvolvido na região leste amazônica, e foram obtidos ao longo do ano de 1999. Coletaram-se dados meteorológicos e de fluxos de CO2 acima do dossel da floresta, sendo também coletados os dados da concentração de CO2 acima e dentro do dossel. O valor médio de fluxo de CO2 no período analisado foi sempre negativo, indicando que a floresta absorve mais CO2 do que produz. Em geral, observou-se maior fluxo de CO2 na época chuvosa em relação à seca, o que se explica pela maior disponibilidade de água nos solos. Em termos de médias, o acúmulo de carbono nessa localidade corresponde a 5,87 t C ha-1 ano-1. A variação da concentração de CO2 apresentou comportamento cíclico, observando-se aumento na concentração durante a noite e diminuição rápida após o nascer-do-sol. Desacoplamento entre os níveis inferiores e superiores do dossel também foi observado, apontando maior influência biótica na biossíntese dos níveis inferiores da floresta e maior contribuição atmosférica no nível da copa das árvores.