Monitoramento ambiental e análise dos fluxos de energia em florestas de várzea e terra firme da Amazônia Central

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Silva, Larissa Passos da
Orientador(a): Manzi, Antônio Ocimar
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA
Programa de Pós-Graduação: Clima e Ambiente - CLIAMB
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://repositorio.inpa.gov.br/handle/1/12587
http://lattes.cnpq.br/2251973163235335
Resumo: Avaliaram-se os fluxos de energia e os principais elementos climáticos e ambientais em dois sítios localizados na Amazônia central, um de terra firme, na Reserva Biológica do Cuieiras – ZF2, e outro de floresta inundável de várzea baixa na Reserva de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá (RDSM), entre 2009 a 2010. Os dados foram coletados por meio de uma torre micrometeorológica de 54 m em uma área de platô no sítio de terra firme (TF) e por meio de uma estrutura de 20 m instalada em uma árvore representativa no sítio de várzea baixa (VB). Empregando metodologias que integram informações de composição e biomassa florestal, dados de umidade relativa e temperatura do ar, fluxo de calor no solo e saldo de radiação, além de temperaturas de tronco, obtiveram-se os fluxos de energia nas florestas. De acordo com os resultados a temperatura e a umidade relativa do ar apresentaram sazonalidade suave. Em TF, a precipitação acumulada média mensal foi 46,2 % maior na estação úmida (EU), em comparação à estação seca (ES) e em VB esta variável foi apenas 16 % maior no período terrestre (PT, sem presença de coluna de água) do que no período inundado (PI), enquanto que entre EU e PT, houve variação de 38 %. Em VB a flutuação anual do nível da água acompanhou, aproximadamente, o ciclo da precipitação. Em TF, a radiação solar incidente (Rin) acumulada diária foi maior na ES e menor na EU, e em VB esta grandeza apresentou fraca variação entre PT e PI. Entre EU e PT, Rin foi maior em EU. Verificou-se que, nas camadas onde foi realizado o balanço de energia comparativo entre sítios, a maior variação vertical de temperatura ocorreu em VB. As temperaturas de tronco em VB acompanharam a temperatura do ar, exceto ao nível de 1,0 m, nos dias de inundação. Nos dias selecionados (preferencialmente sem precipitação), o saldo de radiação (Rn) em TF foi influenciado pela nebulosidade, sendo maior na ES do que na EU, enquanto em VB a sazonalidade deste termo foi desprezível. Motivado provavelmente por menor quantidade de biomassa, em VB observaram-se maiores quantias de Rn do que em TF. O fluxo de calor latente (LE) e o fluxo de calor sensível (H) seguiram, aproximadamente, o comportamento do perfil diário de Rn, porém em TF, LE decresceu 4,5 % e H aumentou 136 % entre a ES e a EU, e em VB, H foi aproximadamente três vezes maior e LE 40 % menor no PI, em comparação ao PT. Houve diferenças muito pequenas entre EU e PT, com relação a LE e H. Constatou-se saldo positivo diário do armazenamento de energia (S) em TF, e em VB, no PI, cerca de 70 % de S foi empregado na água (Ság), havendo um estoque energético diário 93 % maior que no PT. Observou-se considerável aumento do armazenamento de energia no ar (Sar) na EU, comparando-a ao PT. Ao final do dia em TF o saldo de G foi positivo na ES e negativo na EU, e em VB houve uma considerável influência da camada de água neste termo no PI, ademais a diferença do fluxo de calor no solo (G) entre EU e PT foi bem marcante. As florestas utilizaram a maior parte do Rn diário para LE (78,5 % em média em TF, e 66,7 % em VB) e cerca de 19,1 % e 30,5 % de Rn, em TF e VB, respectivamente, foram empregados em H. Em média, nas florestas, cerca de 3 % de Rn foi direcionado para S e G.