Capim-elefante emurchecido ou com farelo de cacau na produção de silagem

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2006
Autor(a) principal: Carvalho, Gleidson Giordano Pinto de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
BR
Genética e Melhoramento de Animais Domésticos; Nutrição e Alimentação Animal; Pastagens e Forragicul
Mestrado em Zootecnia
UFV
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://locus.ufv.br/handle/123456789/5794
Resumo: Três experimentos foram conduzidos para avaliar a qualidade da silagem de capim-elefante colhido aos 50 dias de rebrota e submetido ao emurchecimento ao sol por oito horas ou a adição de 0, 7, 14, 21 e 28% de farelo de cacau (FC) (base da matéria natural). Foram utilizados silos de PVC com capacidade para 5,3 litros, que foram abertos 45 dias após o processo de ensilagem. No experimento I, a inclusão do FC no capim-elefante mostrou-se eficiente em aumentar o teor de MS da silagem. A adição de 7% de FC permitiu produção de silagem com teor de MS semelhante (P>0,05) ao do tratamento emurchecido. As silagens com FC apresentaram maiores teores de nitrogênio total, extrato etéreo, lignina, nitrogênio insolúvel em detergente neutro e nitrogênio insolúvel em detergente ácido. Por outro lado, reduções nos teores de fibra em detergente neutro, fibra em detergente ácido, celulose, hemicelulose, cinza, nutrientes digestíveis totais (NDT) e digestibilidade in vitro da matéria seca (DIVMS) foram detectadas com a adição do FC. O NDT estimado para o tratamento emurchecido foi superior ao dos demais tratamentos com e sem FC. Embora o FC tenha promovido redução da DIVMS, a inclusão dos níveis de 7 e 14% proporcionou digestibilidade das silagens acima de 60%. No tocante às variáveis inerentes às características fermentativas das silagens, o pH e os carboidratos solúveis reduziram e aumentaram, respectivamente, de forma linear (P<0,05). O teor de nitrogênio amoniacal aumentou linearmente, contudo, não se observou diferença estatística nos teores de ácidos orgânicos das silagens com FC quando comparados ao tratamento emurchecido. Ao considerar-se apenas a inclusão do FC, o mesmo provocou aumento linear no teor de ácido lático. O emurchecimento e o FC podem ser utilizados como alternativas para aumentar o teor de MS da silagem. No experimento II, foi estudado as frações que constituem os carboidratos totais (CHO) a proteína bruta (PB) das silagens. O tratamento emurchecido apresentou teor de CHO semelhante aos tratamentos com 14 e 21% de FC. De toda forma, a análise de regressão detectou redução linear desta fração para os tratamentos com FC. As frações dos CHO das silagens foram influenciadas pelas adições de FC, constatando-se maiores teores de A+B1 e FDNi e menores de B2 com a inclusão dos níveis de FC. Para todas as frações de carboidrato e de proteína estimadas, o tratamento emurchecido apresentou valores semelhantes (P>0,05) ao tratamento sem emurchecimento. As frações protéicas foram influenciadas pelas adições de FC, verificando-se redução dos teores das frações A e B1+B2 e aumentos das frações B3 e C, para os níveis crescentes de farelo. No experimento III, foram avaliados os parâmetros cinéticos da degradação ruminal da MS, PB e FDN. A inclusão do FC reduziu o potencial de degradação da MS, tendo sido observados maiores valores nos tratamentos emurchecido e não emurchecido. Por outro lado, a degradabilidade potencial da PB e da FDN sofreu pequenas variações, com os valores médios situandose próximos de 80 e 46%, respectivamente. Considerando a taxa de passagem de 5%/h, todos os tratamentos apresentaram elevada degradabilidade efetiva da PB (acima de 55%). Embora as estimativas da degradação ruminal de silagens com FC tenham apresentado tendência de redução, todas as silagens apresentaram degradabilidade potencial da MS e da PB acima de 65 e 75%, respectivamente.